Palestrante

CASÉ ANGATU TUPINAMBA

Indígena morador no Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus/BA). Docente na Universidade Estadual de Santa Cruz – (UESC/Ilhéus/BA), foi docente externo no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul Bahia (PPGER/UFSB). Pós-Doutorado em Psicologia na UNESP/Assis/SP, Doutor pela FAU/USP, Mestre pela PUC/SP e Historiador (UNESP). Autor dos livros: “Nem Tudo Era Italiano – São Paulo e Pobreza, 1890-1915” (Annablume/Fapesp 1998); “Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em Guarulhos/SP” (2006); um dos Autores dos Livros: “Índios no Brasil: Vida, Cultura e Morte” (LEER/USP,2018),  “A Lei 11.645/08 nas artes e na educação: perspectivas indígenas e afro-brasileiras” (ECA/USP, 2020); “Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo” (2020), “Cadernos da Casa Museu Ema Klabin; v. 2: Identidades Paulistanas” (2020)


Lutas por Terra e Território

O encontro visa promover um diálogo interdisciplinar entre acadêmicos, ativistas, povos indígenas, comunidades tradicionais da Bahia e de Moçambique e demais interessados, abordando as complexidades das relações entre agências (humanas e não-humanas), natureza e direito. Terá como foco questões de justiça socioambiental, conflitos territoriais, preservação da sociobiodiversidade e de saberes. Além disso, pretende discutir criticamente a construção histórica dos direitos de propriedade, considerando as estruturas coloniais e neocoloniais e as formas pelas quais a tradição jurídica ocidental continua a moldar as disputas por terra e território na atualidade.


Com a participação de lideranças comunitárias do Sul da Bahia, esta mesa discute as múltiplas formas de resistência e organização coletiva nas lutas por terra e território. O debate evidencia os desafios enfrentados pelas comunidades locais diante de processos históricos e contemporâneos de expropriação, assim como as estratégias de afirmação e defesa dos modos de vida tradicionais. A mesa busca destacar as experiências concretas de mobilização comunitária e fortalecer a reflexão sobre justiça social, autonomia e direitos territoriais.