Natureza e direito II - Ecologia e Territórios
O encontro visa promover um diálogo interdisciplinar entre acadêmicos, ativistas, povos indígenas, comunidades tradicionais da Bahia e de Moçambique e demais interessados, abordando as complexidades das relações entre agências (humanas e não-humanas), natureza e direito. Terá como foco questões de justiça socioambiental, conflitos territoriais, preservação da sociobiodiversidade e de saberes. Além disso, pretende discutir criticamente a construção histórica dos direitos de propriedade, considerando as estruturas coloniais e neocoloniais e as formas pelas quais a tradição jurídica ocidental continua a moldar as disputas por terra e território na atualidade. Essa mesa em específico debate agências e resistências humanas e não-humanas. A agência não-humana refere-se à capacidade da natureza para além do ser humano, tais como elementos, animais, ecossistemas, vírus e outros seres vivos de afetar a história e os processos sociais. A abordagem crítica do colonialismo reconhece que esses elementos foram mais do que apenas um pano de fundo, agindo como forças ativas que moldaram o resultado do encontro colonial.