Palestrante

CECILIA ANNE MCCALLUM

Iniciou a sua carreira profissional estudando com os Huni Kuin (ou 'Kaxinauá'), povo indígena amazônico. Posteriormente especializou-se na antropologia urbana brasileira, e no estudo do corpo e da saúde, contemplando sempre diferenças de raça, etnia, classe, idade e gênero. De nacionalidade britânica, embora nascida na Suiça, se formou em Antropologia Social no London School of Economics and Political Science, University of London, em 1989 (doutorado), e no University of Cambridge em 1979 (graduação ), Sua tese de doutorado trata de organização social e gênero entre os Huni Kuin brasileiros. Resultou no livro 'Gender and Sociality in Amazonia', de 2001. Atualmente é Professora Associada do Departamento de Antropologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia. Tem um vínculo estabelecido com o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, onde é professora no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e pesquisadora no MUSA, o Programa de Estudos em Gênero e Saúde. Foi pesquisadora associada e visitante acadêmica nos departamentos de Antropologia do London School of Economics, University of London; e da University of Manchester, Reino Unido. Foi Coordenadora do PPGA - Programa de Pós-Graduação em Antropologia - da UFBA.

Exibição e debate do filme “Nova Iorque, mais uma cidade”

Exibição e debate do filme “Nova Iorque, mais uma cidade”

“Nova Iorque, mais uma cidade” (2019, 18’), documentário brasileiro premiado nacional e internacionalmente, será exibido e debatido nesta quarta-feira, 12/05 às 15h00, em evento promovido pelo Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC), do Campus Paulo Freire, da Universidade Federal do Sul da Bahia, e pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) da Universidade Federal da Bahia. 

O evento terá a participação dos diretores - a jornalista Joana Brandão (UFSB) e antropólogo  André Lopes (doutorando PPGAS-USP) -, da cineasta Mbya guarani Patrícia Ferreira Yxapy, que co-assina o roteiro e fotografia do filme, e da antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFBA, Profa. Cecilia McCallum.

O filme relata a experiência da cineasta indígena brasileira Patrícia Ferreira Para Yxapy em Nova Iorque e suas reflexões ao visitar o Museu Americano de História Natural nesta cidade. Ao desconstruir as estratégias coloniais de representação do grande museu através do olhar da própria Patrícia, o documentário é um exercício de antropologia reversa, em que as formas ocidentais de pensar e representar os povos indígenas são escrutinadas pelas poderosas falas da cineasta indígena. As contradições da vida na metrópole norte-americana e dos não indígenas em geral também são abordadas pela jovem liderança do povo Mbya Guarani em comparação aos modos de existência de seu povo.

“Nova Iorque, mais uma cidade” foi contemplado com o prêmio de melhor curta-documentário em antropologia ou arqueologia no festival internacional de cinema etnográfico do Royal Anthropological Institute (RAI). O RAI é um dos maiores e mais importantes festivais de cinema etnográfico do mundo, tendo recebido em 2021 inscrições de filmes de 75 países. O filme recebeu também menção honrosa no Festival Visões Periféricas (Brasil) e Best Shorts (Califórnia/EUA).