Palestrante

ANDRÉ LUÍS LOPES NEVES

André Lopes é antropólogo e documentarista, doutorando em antropologia social pela Universidade de São Paulo com estágio de pesquisa na New York University. Pesquisador do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia e do Centro de Estudos Ameríndios da USP. André trabalha desde 2008 com povos indígenas e oficinas de vídeo, tem experiências com direção de documentários e programas para TV.

Exibição e debate do filme “Nova Iorque, mais uma cidade”

Exibição e debate do filme “Nova Iorque, mais uma cidade”

“Nova Iorque, mais uma cidade” (2019, 18’), documentário brasileiro premiado nacional e internacionalmente, será exibido e debatido nesta quarta-feira, 12/05 às 15h00, em evento promovido pelo Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC), do Campus Paulo Freire, da Universidade Federal do Sul da Bahia, e pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) da Universidade Federal da Bahia. 

O evento terá a participação dos diretores - a jornalista Joana Brandão (UFSB) e antropólogo  André Lopes (doutorando PPGAS-USP) -, da cineasta Mbya guarani Patrícia Ferreira Yxapy, que co-assina o roteiro e fotografia do filme, e da antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFBA, Profa. Cecilia McCallum.

O filme relata a experiência da cineasta indígena brasileira Patrícia Ferreira Para Yxapy em Nova Iorque e suas reflexões ao visitar o Museu Americano de História Natural nesta cidade. Ao desconstruir as estratégias coloniais de representação do grande museu através do olhar da própria Patrícia, o documentário é um exercício de antropologia reversa, em que as formas ocidentais de pensar e representar os povos indígenas são escrutinadas pelas poderosas falas da cineasta indígena. As contradições da vida na metrópole norte-americana e dos não indígenas em geral também são abordadas pela jovem liderança do povo Mbya Guarani em comparação aos modos de existência de seu povo.

“Nova Iorque, mais uma cidade” foi contemplado com o prêmio de melhor curta-documentário em antropologia ou arqueologia no festival internacional de cinema etnográfico do Royal Anthropological Institute (RAI). O RAI é um dos maiores e mais importantes festivais de cinema etnográfico do mundo, tendo recebido em 2021 inscrições de filmes de 75 países. O filme recebeu também menção honrosa no Festival Visões Periféricas (Brasil) e Best Shorts (Califórnia/EUA).