A FORMAÇÃO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO PRATIGI: terra, território, memória e religião
Política. Festa. Santo Antônio. Camamu – Bahia. Baixo - Sul.
O tema deste estudo é a formação de um povo quilombola desde a chegada de seu fundador Anjo Barros, junto com sua família, na terra do Pratigi (Camamu-BA), até os dias de hoje. Como a comunidade vive e transmite essa memória coletiva? Como essa memória envolve a política? Para tanto, esta dissertação buscou investigar três diferentes processos de formação coletiva que compõem o Pratigi e sua história. Primeiro, a memória da chegada na terra e das dinâmicas de divisões territoriais/familiares ao longo do tempo, sob a autoridade de Anjo Barros e após sua morte. Em seguida, como a festa do padroeiro Santo Antônio serve como fomentadora de alianças políticas entre os moradores do Pratigi e destes com atores externos. Ou seja, como esta festa define os diferentes lados, as alianças, as cisões, posicionamentos políticos, e como também fortalece uns enquanto enfraquece outros politicamente? Por fim, aborda-se a demanda pelo reconhecimento do território quilombola, que tem a Associação Quilombola do Pratigi e Matapera-AQPM como protagonista.