Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA DE LOURDES LOPES DE ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DE LOURDES LOPES DE ARAUJO
DATA : 30/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Metapresencial
TÍTULO:

Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Terra Indigena Pataxó Mata Medonha.


PALAVRAS-CHAVES:

Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional; Povos indígenas; Insegurança alimentar indígena; Sistemas alimentares tradicionais; Alimentação indígena Pataxó.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

A pesquisa etnográfica Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN) da Terra Indigena Pataxó Mata Medonha, evidencia as práticas alimentares tradicionais dessa etnia em todo seu percurso desde a produção, preparo, distribuição e consumo dos alimentos com ênfase nos aspectos da Cultura. Ter Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional é ter o que comer de forma adequada, satisfatória, sustentável, soberana (autônoma) e de acordo com os hábitos culturais, E ainda, com práticas saudáveis a saúde humana e a do meio ambiente. Essa compreensão expressa o debate nacional sobre o tema e é importante para que ao pensarmos em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Indigenas, não se esteja falando na garantia de qualquer alimento. Nem de alimentos fora da sua cultura alimentar, nem de qualquer ação externa que vá de encontro as suas decisões pelo que produzir e comer. Logo, ao lado da sustentabilidade dos sistemas alimentares, isto é, a produção contínua e permanente de alimentos, da qualidade nutricional dos alimentos livre de agrotóxicos ou elementos quimicos que possam impactar na saúde dos povos indigenas, as práticas alimentares tradicionais, são constituintes da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional Indigena. Por meio dessas práticas, essa etnografia investiga os arranjos que o ato de comer está implicado a exemplo das percepções sobre o que é “tradicional”, para os Pataxós e o significado para eles de ter SSAN. Investiga ainda, os impactos causados nas práticas alimentares pela diáspora Pataxó em 1951, práticas alimentares atuais, bem como, valores simbólicos atribuídos aos alimentos e comidas, formas utilizadas para garantir o alimento de acordo com sua cultura e acessar as estruturas alimentares que se articulam com a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Aldeia. E portanto, compreender os riscos e ameaças que passam os indigenas ao aderirem novas práticas alimentares, diferentes das tradicionais, e que muitas vezes resultam em uma alimentação homogeneizada (sabores parecidos), perda da diversidade (a exemplo do desaparecimento de variedades de vegetais, raízes, grãos e sementes) e das ameaças da fome e desnutrição.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSÉ AUGUSTO DE LARANJEIRA SAMPAIO - UNEB
Interna - 1348376 - ANA CARNEIRO CERQUEIRA
Externo à Instituição - ILO DE OLIVEIRA MOURA
Presidente - 3025974 - PABLO ANTUNHA BARBOSA
Notícia cadastrada em: 23/06/2022 11:46
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