Banca de DEFESA: HENIKA PRISCILA LIMA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HENIKA PRISCILA LIMA SILVA
DATA : 31/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videochamada: https://meet.google.com/jft-uzgb-kff
TÍTULO:

LEI DO SILÊNCIO: Representações Sociais de Agentes Comunitários de Saúde acerca da Violência
Urbana.


PALAVRAS-CHAVES:

Violência Urbana. Agentes Comunitários de Saúde. Emoções. Representações Sociais.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Este estudo teve como objetivo analisar as representações sociais construídas por Agentes
Comunitários de Saúde sobre a violência urbana. Foi realizado um estudo com abordagem
plurimetodológica, descritivo, exploratório, de caráter quanti-qualitativo, fundamentado no
referencial teórico das Representações Sociais em suas abordagens estrutural e processual,
realizado com 101 Agentes Comunitários de Saúde do município de Eunápolis, Bahia. A coleta
dos dados foi realizada em etapas; na primeira, participaram todos os 101 agentes comunitários
de saúde, onde foi possível traçar as características sociodemográficas e do trabalho dos
respondentes. Nesta etapa, os ACS também responderam à técnica de evocação livre ao termo
indutor violência urbana; Na segunda etapa participaram apenas 39 agentes comunitários de
saúde que responderam ao instrumento de caracterização da violência e de percepção da
insegurança nos seus territórios de atuação, destes apenas 30 responderam à entrevista em
profundidade, última etapa da coleta. Os dados gerados a partir das evocações livres e que
permitiram a construção do quadro de quatro casas e da árvore de similitude, foram processados
pelo software EVOC 2005. Para as entrevistas em profundidade utilizou-se o software
IRAMUTEQ através da interface Classificação Hierárquica Descendente. A estrutura de
pensamento dos agentes comunitários de saúde sobre violência urbana se organiza a partir dos
elementos centrais educação, insegurança, medo e insatisfação, que atribui à representação
sentidos negativos relativos ao posicionamento do grupo diante do agravo e suas repercussões.

A análise processual apresentou dois eixos temáticos, o primeiro eixo revelou um subeixo e três
classes e evidenciou que os conteúdos das representações trazem as dimensões das práticas,
concepções e repercussões da violência urbana no convívio familiar, social e no trabalho dos
ACS. O segundo eixo com duas classes, revelou a dimensão conceitual, pautados nas dimensões
dos sentimentos individuais e coletivos dos ACS. Desta forma, a violência urbana é algo que a
muito tempo tem permeado a vida e o trabalho dos ACS, que acabam representando o território
de atuação como um lugar relacional, de vínculos, mas que também é cercado de fragilidades,
que acabam precipitando os sentimentos de insegurança e medo. Portanto, a violência urbana
apresentou-se como um tema evitado pelos ACS mas que necessita ser tratado pelas instâncias
governamentais nos âmbitos da saúde, educação e segurança pública, a fim de vislumbrarem
estratégias de prevenção, atuação profissional e combate, adequadas para as diferentes
realidades.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1220616 - RAFAEL ANDRES PATINO OROZCO
Interno - 1343877 - ALAMO PIMENTEL GONCALVES DA SILVA
Interna - 1148978 - SANDRA ADRIANA NEVES NUNES
Interno - 1436900 - GUSTAVO BRUNO BICALHO GONCALVES
Externa ao Programa - 1962065 - LINA RODRIGUES DE FARIA - UFSBExterna à Instituição - THELMA SPINDOLA
Externo à Instituição - RAFAEL MOURA COELHO PECLY WOLTER
Externo à Instituição - FRANCISCO RAMOS DE FARIAS - UFRJ
Notícia cadastrada em: 28/04/2023 12:02
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