“Quem são eles para definir quem somos?”: um enfrentamento decolonial à cisnormatividade branca por meio da performance arte no ensino médio no IFSP
cisnormatividade; performance arte; performatividade de gênero; educação; relações étnico-raciais.
Esta pesquisa narra uma criação de novos possíveis na educação através de diálogos e práticas de performance arte em uma intervenção pedagógica virtual em contexto pandêmico nas aulas de artes no ensino médio e em ações de extensão no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) câmpus Registro. Promoveram-se discussões sobre colonialidade, cisnormatividade e racismo, disparando processos criativos de vídeo-performances dos estudantes sobre os atravessamentos destes em suas vidas, utilizando uma Cartilha do Estudante produzida como apoio reflexivo-criativo. Questiona como podem a arte e a educação subverter [C]istemas de colonização dos corpos e contribuir para criar alternativas à cisnormatividade racista. Recusa a suposta neutralidade cartesiana, escrevivendo em primeira pessoa e cartografando encontros na caminhada. Apoia-se na pedagogia decolonial, na educação para a diferença e nas pedagogias da sexualidade, buscando realizar enfrentamentos à cisnormatividade branca. Aproxima a performance arte e a performatividade de gênero a partir da autorrepresentação do eu no cotidiano. São narradas experiências que compõem a pesquisa: experiências precedentes no IFSP, a Residência Pós-PornoPyrata, experimentações em performance arte e de gênero e atravessamentos pandêmicos. O produto desta pesquisa consiste nesta metodologia pedagógica, registrada em um site com esta dissertação, a Cartilha, as vídeo-performances, os vídeos de referência aos estudantes e o roteiro da sequência didática.