Banca de DEFESA: LIGIA EMILIA PENALVA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LIGIA EMILIA PENALVA DE OLIVEIRA
DATA : 29/09/2025
HORA: 16:00
LOCAL: CPF - Sede - sala virtual
TÍTULO:

DESAFIANDO ESTIGMAS NA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA POR MEIO DO LETRAMENTO RACIAL CRÍTICO: ESTUDO COM DISCENTES NO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR ANÍSIO TEIXEIRA, TEIXEIRA DE FREITAS (BA)

 


PALAVRAS-CHAVES:

currículo, educação, escolas cívico-militares, letramento racial, racismo.


PÁGINAS: 36
RESUMO:

Esta dissertação tem por objeto de pesquisa investigar a percepção do racismo velado por estudantes do Ensino Médio, tendo como ancora os letramentos raciais críticos, voltada ao estudo das relações étnico-raciais no ambiente de educação cívico-militar, tomando como estudo de caso o Colégio da Polícia Militar Anísio Teixeira, localizado em Teixeira de Freitas, Bahia. A pesquisa parte da indagação central: como trabalhar o ensino das relações étnico-raciais em uma instituição com estrutura militarizada, marcada por padronização de condutas e silenciamento de identidades? Como enquadre teórico estruturante, a investigação baseia-se principalmente no conceito de Letramento Racial Crítico, conforme Ferreira (2017), nos estudos das relações étnico-raciais em Almeida (2019), Fanon (2008), Gonzalez (1988) e Lino Gomes (2019) e nos estudos sobre currículo e africanidades (Nogueira; Gomes. 2018). Para tanto, metodologicamente, adota-se uma abordagem de investigação qualitativa e quantitativa dividida em três eixos: análise documental das "comunicações disciplinares" realizadas por militares, leitura exploratória dos Planos de Curso Anuais elaborados pelos docentes e a realização de oficina formativa com estudantes do Ensino Médio. Como resultados, a pesquisa evidencia que a rigidez institucional e o controle comportamental característicos do modelo cívico-militar tendem a invisibilizar as identidades étnico-raciais dos alunos, silenciar práticas discriminatórias e dificultar a implementação de uma educação antirracista, conforme preveem as Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008. Contudo, também se observa que há brechas possíveis para a ação pedagógica crítica, sobretudo quando se ampliam espaços de escuta e protagonismo estudantil. A oficina com Letramento Racial Crítico revelou-se como estratégia potente de sensibilização, empoderamento e reflexão coletiva sobre o racismo estrutural, favorecendo a construção de uma prática educativa mais inclusiva e transformadora. Conclui-se, portanto, que é possível tensionar as estruturas normativas das escolas cívico-militares e promover uma educação que valorize a diversidade, desde que se reconheçam os conflitos existentes e se invista na formação docente crítica, interdisciplinar e engajada com a justiça racial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.589.835-** - BOUGLEUX BOMJARDIM DA SILVA CARMO - UFSB
Externa à Instituição - MARISTELA RODRIGUES LOPES
Interno - ***.650.208-** - RONILSON DE SOUZA LUIZ - NÃO INFORMADO
Notícia cadastrada em: 10/09/2025 12:58
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