A IDEOLOGIA PARDA COMO FORMA DE EMBRANQUECIMENTO DA SOCIEDADE NEGRA NO EXTREMO SUL DA BAHIA
Pardo; igualdade racial; racismo; branquitude; negritude; fapesb.
O presente trabalho discorre sobre a historicidade do ser negro na sociedade brasileira e as lutas sociais dessa população, destacando o processo de marginalização e silenciamento promovido pela branquitude, que historicamente manteve seus privilégios desde o período escravocrata. Nesse contexto, a ideologia parda é analisada como um mecanismo de embranquecimento que repercute na ausência de representatividade e no enfraquecimento do movimento negro, colocando os pardos em um limbo social, ainda que tanto negros quanto pardos sofram com o racismo estrutural. A pesquisa foi desenvolvida no Colégio Estadual Machado de Assis, em Teixeira de Freitas-BA, investigando as relações étnico-raciais, currículos e vivências escolares, por meio de análise documental, entrevistas e memorial pessoal. O estudo evidencia como a escola, muitas vezes, reforça práticas eurocêntricas e racistas, mas também pode se constituir como espaço de valorização das culturas negras, de produção de saberes e de construção de uma educação antirracista e emancipatória. Entre os resultados, destacam-se a compreensão do processo de embranquecimento nos espaços periféricos, a importância de promover representatividade e identidade negra e a valorização de experiências que unem saberes populares e científicos, como na I Semana de Incentivo à Pesquisa no Extremo Sul da Bahia, apoiada pela FAPESB