Efeito de hidrocarbonetos sobre o teor de pigmentos e atividade enzimática de plantas de manguezal
Poluição ambiental, metabolismo vegetal, combustíveis fósseis
Plantas expostas a hidrocarbonetos , constituintes majoritários do petróleo e produtos derivados absorvem, acumulam e integram esses poluentes em seus sistemas. A depender da sensibilidade, apresentam alterações bioquímicas como mudanças na concentração de pigmentos e atividade enzimática. A presente revisão busca avaliar o estado da arte sobre o efeito de diferentes poluentes de origem petrolífera em espécies vegetais, tendo como parâmetros de avaliação alterações na contração de pigmentos e atividade enzimática. Para tanto foi realizada uma revisão sistemática, sendo consideradas as publicações até o ano de 2021. Após a análise dos estudos, verificou-se que diferentes poluentes afetam o conteúdo de pigmentos e a atividade enzimática esse efeito irá variar em função da espécie, ambiente, tipo de poluente e concentração de exposição. Houve um aumento do número de estudos ao longo dos anos, e os países que mais publicaram foram a China, Índia e Estados Unidos, respectivamente. O petróleo, diesel, gasolina, fenantreno, antraceno e fluoranteno foram os poluentes mais estudadossendo as espécies agrícolas mais estudadas; e a folha foi a parte da planta utilizada nas análises de pigmentos e enzimas na maioria dos estudos. Dos pigmentos, as clorofilas e os carotenoides foram mais avaliados; e as enzimas superóxido dismutase, catalase, peroxidase e ascorbato peroxidase foram mais avaliadas. Mediante a análise final dos estudos, concluiu-se que, embora a vegetação seja o traço mais marcante dos manguezais, e estes habitats serem frequentemente alvos de contaminações por substâncias de origem petrolífera, o número de estudos com espécies de mangue foram relativamente baixos.