SUCESSÃO ECOLÓGICA E EFEITOS DA HERBIVORIA EM ASSEMBLEIAS DE MACROALGAS EM AMBIENTES RECIFAIS
Ambientes Recifais, diversidade, áreas marinhas protegidas, estágios sucessionais, herbivoria, cobertura algal.
As macroalgas são importantes organismos dentro do processo de sucessão ecológica. São capazes de responder prontamente a alterações no meio, visto seu crescimento acelerado. Entender como se desenvolve e quais fatores bióticos e abióticos estão relacionados nesta dinâmica, torna-se uma questão importante para manutenção da saúde dos ambientes marinhos. Para tal, estão sendo realizados experimentos em um recife tropical no Atlântico Sul, na Área Marinha Protegida denominada, Parque Natural Municipal Marinho do Recife de Fora. O parque fica localizado no banco Royal Charlotte, contíguo ao banco dos Abrolhos, com grande importância para manutenção dos serviços ecossistêmicos do extremo sul da Bahia. Assim, avaliar o processo de sucessão ecológica, em assembleias de macroalgas em diferentes localidades do parque, pode contribuir para determinar como ocorrem os processos sucessionais de algas nestes ambientes ao longo de um gradiente temporal e espacial. Nosso objetivo foi compreender como ocorre o processo sucessional da assembleia de macroalgas, em um recife tropical no Atlântico Sul a partir de experimentos in situ. No experimento 1 (Capítulo 1) foram instaladas em três localidades no parque, Estruturas de Crescimento Bentônico, que estão sendo coletadas mensamente por um período de um ano. Após as coletas as algas são identificadas ao menor nível taxonômico possível e a biomassa do peso seco é obtida. No Capítulo 2, os traços funcionais de efeito das algas identificadas nas Estruturas de Crescimento Bentônico são obtidos, e a diversidade funcional no processo de sucessão ecológica será obtida por um período de um ano. No experimento 2 (Capítulo 3) foram instaladas em três localidades no parque, Estruturas de Crescimento Bentônico: livre, gradeada e controle do artefato, que serão coletadas mensamente por um período de seis. Ainda, censos visuais subaquáticos estão sendo realizados para estimar a biomassa de herbívoros neste experimento. O quarto e último capítulo trata-se de uma metanálise onde os efeitos de determinadas ações antrópicas são avaliados através de uma diferença de médias de cobertura algal (Hedges's g test), antes e pós efeitos antrópicos em ambientes recifais. Até o momento temos: 9 coletas para os Capítulos 1 e 2. O Capítulo 3 encontra-se instalado com primeiro monitoramento em outubro. E o Capítulo 4 está em fase de inserção de mais artigos para compor a metanálise. Finalizando, está tese busca observar com experimentos in situ, diferentes dinâmicas que influenciam no processo de sucessão ecológica em ambientes recifais tropicais no Atlântico Sul.