Plantas Medicinais e Saúde Pública: as Farmácias Vivas como elo conectivo agente-paciente
Fitoterapia, Práticas Integrativas, Biodiversidade, SUS.
Resumo do trabalho: O uso de plantas medicinais passou a ser oficialmente reconhecido pela OMS em 1978 durante a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, pela Declaração de Alma-Ata. Apesar dos incentivos no Brasil, através de políticas públicas e programas específicos de plantas medicinais e fitoterápicos, o conhecimento da temática por gestores e profissionais da área da saúde ainda é insuficiente. No que tange à formação insuficiente do profissional que prescreve à insegurança por falta de referencial científico e clínico, diversos são os fatores limitantes ao uso de plantas medicinais no Sistema Único de Saúde (SUS). Neste trabalho, os autores propõem avaliar a inserção e uso de plantas medicinais no atendimento primário à saúde e investigar os principais fatores que impedem maior engajamento dos profissionais da saúde na recomendação de plantas medicinais em unidades básicas de saúde (UBS) do município de Teixeira de Freitas, Bahia, O projeto será dividido em duas fases que propõem: (i) associar uma revisão integrativa da literatura com o diagnóstico do conhecimento sobre plantas medicinais por parte dos profissionais de saúde e da população frequentadora de 15 UBS que funcionam sob o modelo Requalifica UBS, utilizando abordagem direta a partir de entrevistas semiestruturadas; (ii) construir um guia prático para implantação de Farmácias Vivas tipo I, para ampla distribuição entre agentes e profissionais de saúde do território. Com os resultados do projeto, os autores esperam contribuir de forma mais eficiente para a construção e implementação de políticas públicas locais voltadas ao uso de plantas medicinais no SUS e adoção de farmácias vivas entre as UBS do município de Teixeira de Freitas-BA.