DESAFIOS DA (IN) SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE AGRICULTORES FAMILIARES DO EM ALCOBAÇA-BA
Segurança alimentar; Sustentabilidade; Desenvolvimento sustentável; Agricultura familiar; Políticas públicas.
Em Alcobaça, no extremo sul baiano, a silvicultura do eucalipto passou de 8,2% em 1984 a 37,6% em 2017 na ocupação de terra, em contraponto houve uma redução da área florestal (arbustiva e florestal) de 43,1% para 20,8%. Há uma espécie de “ilhamento” das comunidades rurais tradicionalmente estabelecidas na localidade por causa do avanço da cultura do Eucalipto. Esse isolamento, social e físico associado à migração para áreas urbanas, o que tem participação no desordenamento socioprodutivo e desterritorialização dos agricultores. Objetivo: Analisar a situação da (in)segurança alimentar e nutricional em agricultores domiciliados na área rural do município de Alcobaça-BA. Metodologia: A amostra intencional foi escolhida de acordo com os dados fornecidos pelo Cadastro Ambiental Rural. Foi utilizado como instrumento de análise a EBIA, escala psicométrica que avalia o grau de segurança alimentar em quatro níveis. Para avaliação antropométrica foi avaliado o peso e altura, e posteriormente calculado o IMC e estratificado segundo a classificação da OMS. Para a coleta dos dados socioambientais foi aplicado um questionário estruturado. Foi realizada análise estatística e posteriormente comparadas com dados fornecidos pela POF 2017-2018. Resultados: Foram investigadas 121 famílias, onde a prevalência da Insegurança Alimentar foi de 45,45%, sendo 28,92% leve, 13,22% moderada e 3,3% grave. 56,6% dos entrevistados respondeu que a silvicultura impactou negativamente a agricultura familiar e apenas 2,47% das propriedades investigadas não produz para o autoconsumo. Conclusão: A prevalência de domicílios em insegurança alimentar na área rural do município de Alcobaça aponta a necessidade de avaliar ações de fortalecimento da agricultura familiar, garantindo o acesso a programas de fomento.