Banca de DEFESA: JOANA MARIA SOARES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOANA MARIA SOARES DOS SANTOS
DATA : 18/09/2024
HORA: 14:00
LOCAL: CPF -Sede (sala virtual- https://meet.google.com/ixa-ocjo-juw )
TÍTULO:

Áreas verdes e o comportamento alimentar de crianças em idade pré escolar: uma análise sob a perspectiva da saúde única


PALAVRAS-CHAVES:

Áreas verdes; Comportamento Alimentar; Desenvolvimento Infantil; Pré-escolar.


PÁGINAS: 20
RESUMO:

Introdução: A proximidade de áreas verdes tem sido associada a resultados positivos no desenvolvimento saudável de crianças. Nesse contexto, crianças com problemas de alimentação formam um grupo heterogêneo, dada a complexidade biológica, comportamental e psicossocial da alimentação, entender os problemas alimentares pediátricos exige o uso de um modelo abrangente que integre fatores genéticos, biológicos, psicológicos, socioculturais, familiares e ambientais. Considerando que áreas verdes podem propiciar maior experiência sensorial à população infantil, o estudo se propõe a investigar a influência das áreas verdes urbanas e rurais no comportamento alimentar de crianças de 2 anos a 5 anos e 11 meses. Metodologia: Este é um estudo transversal descritivo que combina métodos quantitativos e qualitativos. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado, aplicado em dez escolas situadas nas zonas rural e urbana do município de Eunápolis, BA, direcionado aos cuidadores de crianças de 2 a 5 anos e 11 meses. Foram conduzidas 120 entrevistas, mas 9 participantes foram excluídos por não atenderem aos critérios de elegibilidade. Ao final, a amostra foi composta por 111 participantes, sendo 46 da zona rural e 64 da zona urban. Resultados e Discussão: o primeiro capítulo introduz atavrés de um revisão sistemática o conceito de Saúde Única e de dificuldade alimentar, este último considerando quatro domínios: médico, nutricional, psicossocial e habilidades alimentares. Ao investigar se a exposição a áreas verdes impacta o comportamento alimentar de crianças em idade pré-escolar, observou-se que a interação entre influências ambientais e serviços ecossistêmicos demonstra benefícios para a saúde e bem-estar infantil. Embora a literatura seja escassa, os poucos estudos identificados sugerem que a questão é multifatorial, influenciada por condições geográficas, culturais, sanitárias, socioeconômicas, estilo de vida e comportamentos humanos nos ecossistemas. Portanto, é imprescindível repensar os modelos conceituais centrados na dicotomia saúde-doença, uma vez que entender a causa do adoecimento sob o olhar tradicional da medicina já não é suficiente para enfrentar os desafios contemporâneos. O segundo capítulo explora a relação do ser humano com a natureza através de uma revisão bibliográfica, destacando os conceitos de biofilia e as alterações do comportamento alimentar infantil. Embora a biofilia sugira uma predisposição inata das crianças para se conectar com a natureza e existam muitos estudos sobre os benefícios das áreas verdes para a saúde, a relação com o comportamento alimentar infantil é pouco explorada, especialmente em termos de experiências sensoriais. O terceiro capítulo apresenta um estudo transversal descritivo que investiga a influência das áreas verdes rurais e urbanas no comportamento alimentar de crianças de 2 a 5 anos e 11 meses no município de Eunápolis, BA. A pesquisa envolveu dois grupos independentes, zona rural (ZR) e zona urbana (ZU), e analisou dados sociodemográficos, motivos e frequência de contato das crianças com áreas verdes, além da classificação das alterações no comportamento alimentar utilizando o escore da Escala Brasileira de Alimentação Infantil (EBAI). As análises indicam que a maioria das crianças em ambos os grupos não possuem alteração do comportamento alimentar, no entato as crianças da ZU apresentam escores significativamente mais altos na EBAI, com pontuações entre 13 e 65 pontos, em relação as crianças da ZR. Fatores como escolaridade parental, renda familiar e raça/cor não possuem relação com alterações no comportamento alimentar em ambos os grupos. Os resultados indicaram que não há um impacto significativo da localização geográfica na probabilidade de as crianças frequentarem áreas verdes, no entanto no grupo ZR, 72,3% das crianças frequentam áreas verdes diariamente, enquanto no grupo ZU, prevalecem as frequências semanal (35,9%) e mensal (17,2%). O motivo mais comum para o uso das áreas verdes, em ambos os grupos, foi 'Brincar', 93,6% na ZR e 78,1% na ZU. Conclusão: O ambiente onde as crianças se desenvolvemos tem um impacto profundo na saúde física, mental, bem como na qualidade de vida dessa população. A privação de áreas verdes pode afetar o desenvolvimento neurológico necessário para o pleno funcionamento das habilidades alimentares, o que destaca a importância desses espaços como promotores da saúde infantil. Com o crescimento das áreas urbanas, é essencial que as crianças tenham acesso à natureza para aproveitar esses benefícios e desenvolver uma relação biofílica com o ambiente natural. Por isso, é crucial preservar a diversidade e o equilíbrio na natureza. Além disso, os ambientes naturais não precisam ser remotos ou intocados; o valor está também nos espaços verdes do dia a dia, como parques urbanos, árvores nas ruas e jardins residenciais, que desempenham um papel importante no bem-estar das pessoas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA PAULA RAMOS DE SOUZA - UFRGS
Interna - 1623806 - GRASIELY FACCIN BORGES
Presidente - 1352016 - ITA DE OLIVEIRA E SILVA
Externo ao Programa - 1782304 - JAILSON SANTOS DE NOVAIS - null
Notícia cadastrada em: 10/09/2024 15:05
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