RELAÇÃO HUMANA NA/COM A NATUREZA: O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DECOLONIAL NA GUINÉ-BISSAU FACE AOS PROBLEMAS SOCIOECOLÓGICOS
Problemas socioambientais; Diálogo de saberes; Colonialismo; África; Línguas nacionais.
Os conflitos socioambientais têm marcado o mundo de forma intensa, especialmente desde o século XVIII. Houve e ainda há perda da biodiversidade, crise hídrica/alimentícia, desmatamento em vários biomas mundiais. De fato, a ação antropogênica, embora não única, é responsável pela crise ecológica e pelas mudanças climáticas. Nisto, viu-se a necessidade de mudanças de perspectivas, partindo do resgate de outros conhecimentos não científicos, no sentido de refletirmos e propormos soluções a esses embates. O referencial teórico utilizado será voltado à decolonialidade (Quijano, 2005), por meio do qual buscaremos questionar a construção epistemológica do conceito de educação ambiental a partir do pensamento e pesquisa de teóricos do Sul-Global. Para tal, acredita-se que os saberes contidos na educação ambiental, particularmente os decoloniais, apontam para um reequilíbrio dinâmico, que configuram relações sustentáveis entre a humanidade e a natureza. Partindo da hipótese segundo a qual as ações antrópicas geram embates socioambientais, fato que empobrece as relações intrínsecas (entre a humanidade e o meio ambiente), buscaremos apresentar a relação humana com/na natureza, a fim de entender a contribuição da educação ambiental decolonial na mitigação de crises socioambientais. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo investigar a relação humana na/com a natureza e o papel da educação ambiental decolonial na Guiné-Bissau face aos problemas socioecológicos, com o intuito de apresentar novas maneiras de pensar e entender o mundo. Escolheu-se o estudo de cunho bibliográfico e documental, bem como a abordagem qualitativa. Com efeito, educação ambiental decolonial é dos modelos para seguir, a fim de restabelecermos conexões profundas com a natureza e, portanto, com nós mesmos, afinal, somos uma parte dela.