Avaliação do potencial antioxidante e fotoprotetor em plantas coletadas na Mata Atlântica do Sul da Bahia
Extrato de plantas, Fotoproteção, Radiação UV
As plantas medicinais são utilizadas para tratar enfermidades há muito tempo. Com a grande diversidade de espécies vegetais e o aumento da procura de fitoterápicos, diversos estudos surgiram para que esses compostos possam ser validados e utilizados como tratamento farmacológico. Dentre esses estudos, a pesquisa por substâncias fotoprotetoras tornou-se fundamental para prevenção de doenças relacionadas à exposição à radiação solar. Dentre as consequências dessa exposição, tem se a produção de radicais livres, espécies reativas de oxigênio, e estímulo de produção de enzima tirosinase, que leva a danos que podem ser irreversíveis à pele.
Este trabalho apresenta dois artigos, onde o primeiro apresenta uma revisão associativa de plantas brasileiras que foram avaliadas quanto ao seu efeito fotoprotetor e inibidor da tirosinase in vitro, no período de 2010 a 2020, utilizando as bases de dados Pubmed, Scopus e Google acadêmico. Verificou-se estudos em cinco biomas brasileiros, sendo a família das Fabaceae a que apresentou mais estudos. Todos os trabalhos apresentaram plantas com atividade inibitória da tirosinase (AIT), desde baixa a forte atividade e as que avaliaram o Fator de proteção solar (FPS) conjuntamente com a (AIT) apresentaram correlação positiva, sendo promissoras para uso terapêutico. A (AIT) foi atribuída a compostos químicos: ácido kójico, timol, espilantol, quercetina, rutina pertencentes às mais variadas classes de metabólitos secundários como compostos fenólicos.
O segundo artigo utilizou plantas com ocorrência no bioma Mata Atlântica do Sul da Bahia objetivando avaliar o teor de fenólicos totais e a relação entre atividade antioxidante e fotoprotetora utilizando uma otimização de misturas para verificar qual a mistura de solvente é mais eficaz. Três plantas foram avaliadas: Copaifera lucens Dwyer, Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin e Miconia albicans (S.W) Triana, onde os resultados encontrados revelaram que a Copaifera lucens Duyer apresentou maior teor de fenólicos e a Schnella angulosa (Vogel) Wunderlin (caule) apresentou melhor atividade antioxidante. Apesar de apresentarem (FPS), nenhuma espécie apresentou valores significativos exigidos pela legislação para utilização como filtro solar.