“Bioprospecção de moléculas bioativas da Mata Atlântica do Sul da Bahia”
Alfa-glicosidase. Acetilcolinesterase. Antioxidante.
O ser humano utiliza espécies vegetais para tratamentos medicinais há muito tempo e diversas substâncias já foram identificadas, entretanto, muitos compostos ainda se encontram desconhecidos diante da grande biodiversidade existente no reino vegetal. Tais compostos oriundos de vegetais podem ter ações benéficas sobre a saúde humana. Essa potencialidade de biomoléculas deve-se aos efeitos dos metabolitos, como o de ação antioxidante e de inibição de enzimas, tais como as α-glicosidase e acetilcolinesterase. Essas enzimas, juntamente com a produção excessiva de radicais livres no organismo, estão associadas à processos patológicos como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, infecções pelo HIV e tumores. Os inibidores de tais enzimas, possuem efeito moderado e causam grandes efeitos colaterais, necessitando-se da identificação de compostos com ação mais eficaz. Assim, o objetivo desta pesquisa é encontrar espécies vegetais bioativas da Mata Atlântica inibidora da enzima α-glicosidase, α-amilase, acetilcolinesterase e com ação antioxidante. Com base nisso, amostras de Clusianemorosa, Copaifera lucens, Neomarica portosecurensis, Miconia albicans, Croton celtidifolius, Schnella angulosa e Virola gardneri, foram analisadas quanto à atividade antioxidante através do método de sequestro com o radical livre DPPH, e avaliação dos teores de fenólicos e flavonoides totais. Os resultados indicam que todos as espécies possuem atividade antioxidante, com distintos teores de fenólicos e flavonoides. A pesquisa encontra-se em andamento, e, portanto, tais resultados são parciais e análises posteriores serão realizadas.