AVALIAÇÃO DO DECARTE DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS DA REGIÃO SUL DA BAHIA: UM ENFOQUE SÓCIO AMBIENTAL.
manejo; sustentabilidade; meio ambiente; logística reversa.
O resíduos produzidos em laboratórios de análises clínicas são considerados de categoria específica dos resíduos sólidos, pois possuem suas particularidades quando classificados como de risco, principalmente químicos e biológicos. São gerados por prestadores de serviços em assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica e instituições de ensino e pesquisa médica relacionados tanto à população humana quanto à veterinária, não utilizáveis, os quais possuem alto potencial de risco. O manejo inadequado desses resíduos, retratam um quadro de descaso nos setores de saúde pelo risco que representa para as pessoas e para o meio ambiente. Este trabalho teve como objetivo a avaliação do descarte de resíduos de serviços de saúde em laboratórios clínicos da região sul da bahia. Trata-se de um estudo caracterizado como descritivo e exploratório.
Quanto a forma de abordagem, a pesquisa configura-se como quantitativa. Segundo informações prévias colhidas na Vigilância Sanitária do município de Ilhéus-Ba, existem 32 laboratórios de análises clínicas com CNPJ ativos, porém apenas 15 em funcionamento, sendo outros considerados postos de coleta. Do total de laboratórios clínicos, apenas 9 deles assinaram o termo de anuência, concordando com a pesquisa. Os dados foram coletados nos meses de outubro e novembro de 2022. Foi feita uma revisão bibliográfica narrativa nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrievel System Online) e adotados critérios de inclusão e exclusão para filtragem dos artigos encontrados. Para analisar dados de resíduos de n= 9
laboratórios conforme os tipos de resíduo laboratorial (infectocontagioso, químico ou comum), tipo de material (papel, plástico, metal, vidro, madeira, látex, algodão, borracha ou perfuro cortante) foram aplicados métodos estatísticos descritivos e inferenciais. Observou-se que a legislação sanitária não é totalmente cumprida pelos laboratórios, pois foram constatadas irregularidades quanto aos locais de armazenamento dos RSS, referentes à proteção contra insetos e roedores, proximidade de copa e locais de atendimento ao público, além de falta de acesso para coleta externa. Relativo aos critérios estabelecidos pela RDC nº 222/2018 ANVISA, o gerenciamento de RSS em laboratórios clínicos da região sul da Bahia precisa sofrer ajustes para que todas as etapas de manejo de RSS sejam cumpridas diante do que preconiza a legislação vigente.