Banca de DEFESA: MELINA PASSOS SANTANA FERRAZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MELINA PASSOS SANTANA FERRAZ
DATA : 22/02/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Google meet: https://meet.google.com/zrq-tqnd-xpi
TÍTULO:

Estudo etnobotânico de plantas medicinais no Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, Santa Cruz Cabrália/BA.


PALAVRAS-CHAVES:

Etnobotânica. Plantas medicinais. Farmácia viva. Fitoterápicos. Comunidades Rurais.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

No Brasil há uma grande biodiversidade, em especial da flora, e um considerável uso de plantas que se destacam no conhecimento popular. O uso de plantas para fins medicinais está relacionado aos hábitos culturais e também à dificuldade de acesso aos medicamentos sintéticos pela população, tornando as plantas medicinais, as vezes, a única opção disponível para o tratamento. O Ministério da Saúde tem introduzido o uso das plantas medicinais nas políticas e programas do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta perspectiva, teve-se como objetivos apresentar um panorama sobre o uso de plantas medicinais com potencial fitoterápico no Nordeste brasileiro; e, realizar o levantamento das plantas medicinais utilizadas no Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva (Lulão) do município de Santa Cruz Cabrália/BA. Para isso, foram realizados levantamentos bibliográficos e utilizados métodos e testes da Hipótese do Valor de Uso. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFSB. Inicialmente, foi feito um levantamento bibliográfico com foco nos estudos etnobotânicos realizados no Nordeste brasileiro. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas no Assentamento Lulão, utilizando a técnica “bola-de-neve”. Quando consentido, também foi aplicada a técnica de turnê guiada, ou solicitado o envio de fotos das plantas para a identificação. Foi possível identificar 54 espécies nativas do Nordeste brasileiro que são amplamente utilizadas na medicina popular, e que necessitam de pesquisas adicionais que comprovem a eficácia terapêutica e faça um diagnóstico dos princípios ativos dessas espécies, possibilitando segurança no uso na Atenção Primária à Saúde e a autorização para registro simplificado das mesmas como fármacos fitoterápicos. As plantas que se destacam por apresentar maior índice de Valor de Uso (VU) pela comunidade do Assentamento são: Pimpinella anisum (erva-doce), Aloe vera (babosa), Achillea millefolium (dipirona), Mentha pulegium (poejo), Plectranthus amboinicus (hortelã-grosso), Schinus terebinthifolia (aroeira), Amburana cearensis (imburana), Eugenia uniflora (pitanga), Bidens pilosa (carrapicho-de-agulha), Ocimum gratissimum (tioiô), Persea americana (abacateiro), Cajanus cajan (andu), Senna alexandrina (sena), e Cymbopogon citratus (capim santo). Essas espécies são utilizadas para tratar diversas patologias. O VU destacou plantas predominantemente de hábito arbustivo e herbáceo e famílias botânicas geralmente cultivadas próximo ou no quintal das residências. Além disso, as entrevistas apontam para uma valorização de espécies de cultivo mais abundante, com predomínio de exóticas e naturalizadas. Até o momento, os resultados parecem indicar que as pessoas selecionam as plantas para uso conforme proposto na Hipótese do Valor de Uso. O maior uso das espécies exóticas/naturalizadas pode apontar para uma perda do conhecimento local sobre as plantas nativas ou o resultado de proliferação de cursos com plantas medicinais exóticas. É importante destacar que a flora é também uma importante ferramenta para a promoção da saúde e para a valorização da cultura tradicional. Espera-se que os resultados levantados contribuam com o conhecimento sobre as espécies com potencial fitoterápico no Nordeste brasileiro e para a Farmácia Viva local e contribua para o uso sustentável do patrimônio natural da Mata Atlântica.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 999.327.175-68 - ANDREA KARLA ALMEIDA DOS SANTOS - UFBA
Interna - 034.751.739-05 - CAROLINA WEBER KFFURI - UFSB
Externa ao Programa - 1716815 - GISELE LOPES DE OLIVEIRA
Presidente - 1553832 - JORGE ANTONIO SILVA COSTA
Notícia cadastrada em: 03/02/2022 16:35
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação -   | Copyright © 2006-2024 - UFRN - 6b062eeef8db.sigaa2-prod