A Influência do uso e ocupação do solo no desenvolvimento socioeconomico nos municipios do extremo sul da Bahia.
Uso e ocupação do solo, dados socioeconômicos, evolução temporal
O crescimento urbano desordenado é o principal causador da problemática na maneira de utilização do solo. Desta forma o monitoramento e avaliação temporal do uso e ocupação do solo são fundamentais para um planejamento e reestruturação do território. Através do conhecimento de uso da terra, é possível adquirir informações a respeito dos níveis de conservação e antropização de uma determinada área. Com base nessa problemática este estudo objetivou analisar a influência das alterações do uso e ocupação do solo no desenvolvimento socioeconômico dos municípios do Extremo Sul da Bahia, que vem passando por diversas transformações sociais e econômicas desde o descobrimento do Brasil, com a exploração dos recursos naturais e ocupação das terras. A região abrange um total de 21 municípios, entretanto a análise realizada só considerou 13 deles. Utilizou-se dados de uso e ocupação dos anos de 1990, 1994, 2002, 2006 e 2013, disponibilizados pelo Fórum Florestal do Extremo Sul da Bahia, e dados socioeconômicos dos anos de 1991, 2000 e 2010, obtidos no Altas de Desenvolvimento Humano do Brasil, sendo eles correlacionados, por correlação de Pearson (r), através do pareamento dos dados de uso e ocupação do solo com os dados socioeconômico de 1990/1991, 2002/2000 e 2013/2010, respectivamente, com intuito de quantificar as mudanças ocorridas na região. O território de Alcobaça revelou o eucalipto como sendo a classe de maior ocupação territorial entre 1990 e 2013. Caravelas, Mucuri e Nova Viçosa apresentaram predominância a pastagem suja, contudo a classe de maior crescimento é o eucalipto. As cidades Itamaraju, Jucuruçu e Prado apresentaram os maiores indicie de degradação, pois as áreas de florestas foram substituídas por pastagem. A dinâmica do solo, de maneira geral, demonstrou o gradativo aumento da monocultura na região em detrimento sobretudo, das pastagens, das florestas em diferentes estágios e em menor escala, da agricultura. Na análise de correlação da influência da alteração do uso e ocupação do solo e o desenvolvimento socioeconômico, nota-se que o aumento do IDHM acompanhou o aumento das áreas da monocultura do eucalipto, assim como o aumento da qualidade das pastagens, troca do pasto sujo pelo pasto limpo. A redução da desigualdade, índice GINI, também teve um comportamento muito similar. De maneira geral observa-se que o aumento do desenvolvimento socioeconômico acompanhou uma forte degradação ambiental, o que sugere que o modelo de desenvolvimento econômico adotado no município é baseado na perda de qualidade ambiental. Diante disto, existe a necessidade da troca de modelo de desenvolvimento, pois este modelo tem forte pressão no meio ambiente e em sua perda de qualidade.