USE OF LIDAR FOR DETERMINING FOREST DEGRADATION DUE TO ANTHROPOGENIC IMPACTS ON CARBON STOCKS IN THE ATLANTIC FOREST
Serviços ecossistêmicos, Restauração florestal, LIDAR, Conservação de resursos florestais, Mudanças climáticas
O LiDAR (Light Detection and Ranging) é uma tecnologia que fornece medições detalhadas da estrutura da floresta em alta resolução em grandes áreas, facilitando avaliações de estoque de carbono florestal em tipos de florestas intactas e degradadas. Em razão da necessidade de informações espaciais mais detalhadas de como ocorre a degradação dos estoques de carbono devido a distúrbios antropogênicos, objetivou-se (a) verificar se há diferença significativa e estimar com precisão a média de carbono por hectare de diferentes tipos florestais utilizando LiDAR aerotransportado (b) detalhar a variabilidade dos estoques de carbono em relação aos efeitos de borda e o limiar desses efeitos. Esse estudo foi conduzido em áreas de floresta nativa e secundária no extremo sul da Bahia, na RPPN Estação Veracel. Foram utilizados a nuvem de pontos LiDAR na área da RPPN para quantificação de carbono acima do solo e extração de métricas, dados históricos de uso e cobertura do solo e dados de distância das bordas da floresta dentro dos limites da RPPN. Para modelagem, foram utilizados foram utilizados Modelos Lineares Generalizados Mistos (GLMM) e em seguida, foi analisado o breakpoint do efeito de borda e da declividade para cada tipo de vegetação com uma regressão linear por partes. Nossos resultados mostraram que há diferenças significativas entre o estoque de carbono de florestas primárias e florestas secundárias (p>0,001) mesmo após de muito tempo do término do distúrbio. A relação entre a declividade e o estoque de carbono pode estar relacionada ao histórico de uso da área. Encontramos também como ocorre a degradação florestal em relação ao efeito de borda: em florestas primárias, os primeiros 182 metros impactam em 25,07% do estoque de carbono e após esse limiar tende a estabilizar; enquanto que na floresta secundária os primeiros 48 metros impactam em 56,63% nos estoques. Nossos resultados podem ser utilizados para especificar uma relação espacialmente explícita entre os efeitos de borda e os estoques de carbono. Muitas soluções para mitigação climática baseadas em florestas nativas ainda não contam com as melhores informações científicas disponíveis para avaliar a variabilidade dos serviços ecossistêmicos com alta precisão.