POLÍTICAS PÚBLICAS, TECNOLOGIAS SOCIAIS E A FLORESTANIA: UMA
OUTRA CIDADANIA ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS IGALHA E ABAETÉ DA
ETNIA TUPINAMBÁ DE OLIVENÇA EM ILHÉUS, BAHIA, BRASIL
Soberania alimentar. Inclusão socioprodutiva. Etnodesenvolvimento. Povos
Originários. Indígenas no Nordeste.
As desigualdades sociais são maiores no espaço rural, especialmente em comunidades
indígenas, fragilizadas pela proximidade com as cidades,e agravadas pelas políticas públicas
generalistas, realizadas em descompasso com a realidade de cada grupo, tornando os indíviduos
desnutridos física e culturalmente, e suas comunidades despolitizadas . No Município de Ilhéus
o povo Tupinambá de Olivença ocupa áreas rurais estratégicas para produção de alimentos, que
poderiam garantir sua soberania alimentar e o abastecimento da zona urbana e cidades vizinhas.
Os Tupinambá vivem um processo de resgate da ancestralidade para produção de alimentos,
seja pela agricultura, ou pelo consumo de plantas espontâneas, não convencionalmente
consumidas pela sociedade envolvente. As tecnologias sociais podem auxiliar no
etnodesenvolvimento dessas comunidades, tanto em contexto rural, quanto em contexto
urbano. O conceito de Florestania, forjado no Estado do Acre, considera o desenvolvimento da
cidadania para aqueles que vivem na floresta. A pesquisa empírica será desenvolvida em três
níveis, sendo eles: teórico, institucional, e entre os atores integrantes de duas aldeias, quais
sejam: Igalha ( contexto urbano) e Abaeté (contexto rural). O principal escopo é identificar e
analisar as políticas públicas de inclusão sócioprodutiva promovidas pelos governos federal,
estadual e municipal em duas comunidades indígenas da etnia Tupinambá de Olivença,
ocupantes de espaços e contextos diferenciados, e como as tecnologias sociais e o conceito de
florestania podem auxiliar na construção da cidadania, soberania alimentar e cultural.