alometria; caridea; dimorfismo sexual; própodo; segunda pleura
Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836) é um importante recurso pesqueiro da carcinofauna brasileira. Apresenta ampla distribuição geográfica, ocorre em rios e lagos costeiros e assim como outros camarões anfídromos, necessita do ambiente salobro para completar seu ciclo de vida. Os mais recentes estudos sobre aspectos morfológicos e reprodutivos de M. acanthurus encontram-se focados em uma mesma área geográfica, o que torna o conhecimento das diversas populações desta espécie ainda incompleto e fragmentado. Análises morfométricas foram realizadas a fim de identificar a maturidade sexual morfológica, dimorfismo sexual e padrões de crescimento relativo entre machos, fêmeas, juvenis e adultos de uma população ainda não estudada. Para o crescimento relativo foi avaliado o comprimento das seguintes estruturas: cefalotórax, ísquio, mero, carpo, própodo, dáctilo, quelípodo e segunda pleura pleonal (fêmeas). O comprimento do própodo em machos e a segunda pleura pleonal em fêmeas foram as estruturas que melhor distinguiram juvenis e adultos. O tamanho médio do comprimento da carapaça em machos foi de 18,42 mm (± 6,70 mm) e das fêmeas foi de 10,57 mm (± 5,67 mm). Machos atingem a maturidade sexual morfológica com comprimento da carapaça de 11,80 mm e fêmeas com 9,90 mm, sendo identificado dimorfismo sexual de tamanho em favor dos machos. Machos juvenis e adultos apresentam crescimento alométrico positivo dos quelípodos. Fêmeas apresentaram alometria negativa da segunda pleura pleonal quando juvenis e positiva quando adultas. Fêmeas adultas adotam uma estratégia reprodutiva de atingir a maturidade sexual morfológica antes dos machos.