Cultivo de gindiroba (Fevillea trilobata L.) com finalidades medicinais em comunidades tradicionais na Bahia, Brasil, com perspectivas para geração de renda e sustentabilidade socioambiental
Etnobotânica, Ecofisiologia vegetal, Biometria de frutos e sementes, substratos a base de resíduos florestais, óleos vegetais
O uso de plantas medicinais é realizado por populações humanas desde os primórdios das civilizações. No extremo sul da Bahia diversas comunidades rurais tradicionais, seja quilombolas, ribeirinhas e indígenas lançam mão desse recurso para as mais diversas finalidades. A gindiroba (Fevillea trilobata) é uma das espécies medicinais de uso por essas populações. Liana, dioica, nativa da Mata Atlântica a espécie desperta interesse pelo grande conteúdo de óleo presente em suas sementes. Embora seja utilizada pelas comunidades, e algumas destas demonstram interesse em plantios em escala para produção de óleos, poucos são os estudos sobre a espécie. A presente tese será composta por quatro capítulos. O primeiro capítulo contempla o estudo etnobotânico realizado junto a três comunidades Quilombolas localizadas na região extremo Sul da Bahia, com o objetivo de levantar diferentes formas de uso e manejo da espécie. O segundo capítulo contempla o estudo sobre o rendimento de óleo, biometria de frutos e sementes, oriundos de cinco diferentes localidades no extremo Sul da Bahia, com o objetivo de caracterizar o rendimento de óleo e fornecer informações sobre possíveis fontes de material para plantios futuros. O terceiro capítulo, trata-se de uma investigação sobre a produção de mudas utilizando diferentes substratos orgânicos (casca de gindiroba e resíduo de urucum) que são produzidos a partir do processamento de material pelas comunidades tradicionais, contribuindo na destinação nobre ao resíduo, que futuramente será um problema ambiental nessas comunidades. O quarto capítulo contempla a caracterização físico-química do óleo de F. trilobata.