Estudo do comportamento do gesso reciclado aditivado com emulsão de PVA e fibra curta de coco verde tratada
emulsão de PVA; fibra de coco verde; gesso acartonado; resíduos
Estudos mostram que nos últimos anos, houve um aumento significativo no mercado global de gesso acartonado; o principal problema, vinculado à crescente utilização deste produto, é a necessidade de dar uma destinação adequada aos resíduos gerados. Uma das alternativas é a reciclagem dos resíduos na própria cadeia produtiva do material, visando atender às condições de viabilidade técnica e as novas necessidades do setor, de promover um crescimento econômico integrado às necessidades sociais e ambientais. Outra questão atrativa é o aproveitamento das fibras oriundas de resíduos agrícolas, como a casca de coco verde, não apenas do ponto de vista econômico, mas também ambiental. Diversos estudos apontam que os compósitos produzidos com fibras vegetais apresentam vantagens relevantes para a engenharia. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi produzir, analisar e avaliar compósitos à base de gesso reciclado, aditivado com emulsão de PVA e fibra curta de coco verde, previamente tratada com solução alcalina. Esse estudo foi dividido em 4 etapas: 1) produção e caracterização do gesso reciclado; 2) análise da matriz de gesso aditivada com diferentes teores de emulsão de PVA; 3) análise da matriz de gesso reforçada com diferentes teores de fibra curta de coco verde tratada; 4) Estudo do comportamento do compósito formado por matriz de gesso aditivada com 5% de emulsão de PVA e diferentes teores de fibra curta de coco verde tratada. Constatou-se que, a incorporação da emulsão de PVA e da fibra de coco verde tratada, melhoraram as propriedades físicas do material em relação à amostra de referência, reduzindo a higroscopicidade do compósito, pois o coeficiente de absorção de água decresceu em até 69,1%; já a resistência à tração na flexão, resistência à compressão e a dureza superficial aumentaram gradativamente, chegando a um incremento de até 27,9%, 15,1% e 5,8%, respectivamente. Por fim, concluiu-se que o compósito proposto neste estudo, apresenta potencialidades e viabilidade técnica para ser utilizado na construção civil, pois atendeu aos parâmetros mínimos normativos.