As questões do desenvolvimento e da agricultura familiar na (re)configuração da política pública territorial do Estado da Bahia: um análise bourdiano do CODETER do Território de Identidade Costa do Descobrimento e o capital social na visão cepalina no distrito rural de Vale Verde
Desenvolvimento territorial, Agricultura familiar, Política pública, Capital social.
Os territórios rurais do Brasil sofreram profundas mudanças nas últimas décadas. As mudanças são complexas e deram origem a uma multiplicidade de visões e abordagens sobre a nova realidade nos territórios rurais. As políticas territoriais cuja população-alvo é a agricultura familiar, embora não exclusivamente, vêm desempenhando um papel importante na indução de territórios deprimidos, como forma de combate à concentração de miséria e pobreza causadas pelo baixo dinamismo econômico. Na constituição do paradigma do "Desenvolvimento Territorial Rural" (DTR) e do sujeito social denominado "Agricultor Familiar"(AF) na medida em que se transformam em instrumentos discursivos e de intervenção através das políticas públicas são o universo de questões que pretendo recortar as áreas temáticas para minha pesquisa. Entendendo elas como processos vinculados de diversas formas. No entanto, reconhecendo que é no campo político que elas se encontram e onde são (re)configuradas as políticas publicas. Formulam-se as seguintes perguntas de pesquisa: como as questões do DTR e da AF estão inter-relacionadas? Como elas intervêm na (re)configuração da política pública Território de Identidade (TI) do estado da Bahia? Como operam o capital social do Vale Verde na participação na política pública de TI? O objetivo geral é verificar o alcance das interfaces entre as estratégias de DTR e os atores da AF vis-à-vis a implementação da política pública de Territórios de Identidade promovidas pelo estado da Bahia, conforme um estudo do CODETER do TI Costa do Descobrimento e constatando a dotação do capital social do distrito rural de Vale Verde. A pesquisa vai aplicar como método uma natureza empírico-indutiva e qualitativa a partir da perspectiva do ator e desde o paradigma da compreensão, concentrando-se em trabalho de campo com uma estratégia de triangulação de técnicas e o desenvolvimento de estudo de caso sobre a política pública TI. Também segue, em linhas gerais, o protocolo de investigação estruturalista indicado por Bourdieu e a visão cepalina do capital social.