A Formação do Extremo Sul da Bahia (1948-1974): Desenvolvimento Socioeconômico e Meio Ambiente
Extremo Sul da Bahia. Mata Atlântica. Atividade madeireira. Pecuária bovina. Degradação ambiental.
O tema desta pesquisa é a formação regional do extremo sul da Bahia, ocorrida entre a segunda metade da década de 1940 e o início dos anos 1970. Neste período verificou-se o início da exploração madeireira sistemática e da expansão da pecuária bovina extensiva por todo o território da nascente região. A atividade madeireira empresarial e a pecuária bovina se constituíram, a partir deste período, nas principais atividades econômicas da região, ultrapassando a tradicional, porém pouco difundida, “economia do cacau”. Contudo, para bem compreendermos as condições socioeconômicas formativas do extremo sul da Bahia, o estudo precisa incorporar as condições ambientais deste processo histórico. A história da formação social do extremo sul da Bahia como região é simultaneamente a história do que sucedeu com sua Mata Atlântica do lugar. O desenvolvimento social e econômico resultou na intensificação sem precedentes da degradação ambiental em toda a região, notadamente o desflorestamento sistemático, fenômeno iniciado por volta de 1950. O objetivo geral desta pesquisa, portanto, é investigar o processo de formação regional do extremo sul da Bahia e suas consequências socioambientais. Em torno deste objetivo, a investigação levantou outros assuntos associados ao desenvolvimento socioeconômico e aos impactos ambientais por este provocado, ocorridos durante o período formativo da região. À medida que a pesquisa avançou temas derivados foram se impondo concretamente: (i) declínio econômico da cacauicultura no extremo sul da Bahia; (ii) desenvolvimento social e econômico relativo (população, produção, circulação, infraestrutura, etc.); (iii) emergência do interior regional (formação de sub-regiões internas); (iv) influência das políticas desenvolvimentistas nacionais; (v) complexidade do meio natural.