SOBRE(VIVÊNCIAS) DE MULHERES NEGRAS NA PERIFERIA: ACESSIBILIDADE À ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE NO/DO BAIRRO CASTELINHO EM TEIXEIRA DE FREITAS/ BA
Castelinho-periferia. Unidade Básica de Saúde. População negra feminina. Políticas públicas. Saúde.
A criação da PNSIPN que trata de uma política pública de inclusão social, preocupada em reconhecer o racismo, o racismo institucional e as desigualdades raciais, como determinantes de saúde, ainda não garante igualdade de oportunidade e condições, de acesso e acompanhamento adequado a população negra nas periferias, de modo que, essa área ainda carece de atenção e visibilidade. O bairro Castelinho, situado na zona periférica do município de Teixeira de Freitas, no Estado da Bahia, se insere nesse contexto quanto a acessibilidade à atenção básica de saúde da população negra. Essa realidade observada tornou-se uma inquietação. Então, o tema racismo e saúde da população negra têm sido incluídos nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do atendimento estes desenvolvem nas Unidades Básicas de Saúde no município de Teixeira de Freitas/BA? Essas questões corporificaram-se em tema de pesquisa. Assim, diante dessas provocações, esta pesquisa tem como objetivo investigar como o racismo e o racismo institucional determinam as (sobre)vivências da população negra feminina na periferia, afim de Identificar como o racismo, e o racismo institucional podem inviabilizar a acessibilidade e (sobre)vivências da população negra feminina na periferia, que utiliza da Unidade Básica de Saúde no Bairro Castelinho. O percurso discursivo metodológico dessa pesquisa aporta-se em um estudo etnográfico com (seis) mulheres autodenominadas negras, residentes no Bairro Castelinho e que utilizam dos atendimentos da saúde pública. E, como fio norteador para a questão, averiguar o que pensam, o que dizem e o que fazem as mulheres negras, que utilizam o sistema público de saúde da Unidade Básica de Saúde do bairro Castelinho para resolver questões de saúde na ausência do atendimento. Como aporte teórico serão utilizadas concepções de campos diversos que discutem saúde da população negra feminina, gênero, raça, saúde popular, saúde pública, periferia. O resultado da pesquisa será utilizado para a edição de um vídeo-documentário, intitulado: Sobre(vivências) de mulheres negras na periferia: a saúde nossa de cada dia”, com o intuito de produzir informações, dados, conhecimento sobre as possíveis problemáticas desse público-alvo, de modo a, identificar as principais demandas ao serviço de saúde local, as ações e serviços necessários a comunidade.