EDUCAETHOS: um app educacional para a reeducação das sociabilidades étnico-raciais.
Educação. Ensino. Relações Étnico-Raciais. Tecnologia.
Este trabalho apresenta o memorial da pesquisa que tornou possível a criação do produto didático EDUCAETHOS: um app educacional para a reeducação das sociabilidades étnico-raciais, cujo uso possibilita a autoidentificação, o reconhecimento, a valorização étnico-racial na promoção das relações étnico-raciais e o ensino da história e da cultura africana, afro-brasileira, indígena e cigana na comunidade escolar do Complexo Integrado de Educação de Itamaraju-BA, lócus deste estudo. Na metodologia da pesquisa e seleção dos conteúdos do app nos baseamos nas contribuições teórico-metodológicas de Thiollent (2011), praticadas em cada um dos encontros estratégicos do grupo de discussão, composto por professores, estudantes, funcionários e gestores do campo onde a pesquisa foi desenvolvida e ganhou materialidade. O EducaEthos possui oito fases: i) “Quiz Identitário”; ii) “Você Sabia?”; iii) “Verdade X Mentira”; iv) “Tome Nota”; v) “Quem Sou Eu?”; vi) “Autoavaliação”; vii) “Empoderamento”; viii) “Certificação” e a partir dos conteúdos discutidos em cada uma delas, acredita-se que pode ocorrer uma efetivação prática na implementação das Leis no 10.639/03 e no 11.645/08, que atendem às orientações da Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, através do reconhecimento das singularidades e das particularidades étnico-culturais, bem como das desigualdades e das discriminações para com às minorias, tendo como base os estudos de Kabengele Munanga (2016), Nilma Lino Gomes (2010), Collet et al. (2014), entre outros. O ambiente integrado de desenvolvimento escolhido para criar aplicações para dispositivos mobile foi a plataforma do Google, o App Inventor, com sistema operacional Android que utiliza a codificação baseada em blocos, devido a sua facilidade de manuseio por desenvolvedores leigos para esse tipo de ferramenta, o que colabora para introdução do debate das relações étnico-raciais nestas tecnologias e de sua utilização de forma mais contundente em prol do combate e desconstrução do racismo e do preconceito, especialmente, no meio escolar.