DO RIO JEQUITINHONHA A BEIRA MAR: APRENDER E ENSINAR COM O REISADO ITAGIMIRIENSE
Reisado. Itagimirim. Foliões
Esse estudo traz os elementos das Folias de Reisado do sul da Bahia, pensando esses saberes como possibilidade para sala de aula. A Sonoridade da ancestralidade negra e indígenas que, convergiu nos Festejos de São Sebastião em Itagimirim-Bahia. Com uma pedagogia própria os foliões e folionas nos convidam a sentir e ouvir os batuques e cantos, o ritmar das danças. O audiovisual viabiliza adentrar e captar a dinâmica, dos aprendizados e ensinamento dos saberes, dos movimentos da festividade e do culto afro-brasileiro do Reisado Itagimiriense. Estratégia para ensinar as relações étnicas e raciais, descrevendo a religiosidade e convívio com as diferenças socioculturais, nas palavras de Munanga “uma educação que dá valor à diversidade (histórica e cultural).”. O Reisado, com sua musicalidade que comunica resistência, sempre contestando a mentalidade colonial, e como nos afirma Bhabha, qual “o local da cultura”. Estar nas folias de Reisado é um caminho para contrapor uma mentalidade subjugadora, os próprios instrumentos das folias afirmam e preservam os saberes grupais. No cenário de disputas de memórias, espaços, lugares e identidades culturais. Sua réplica seria os saberes poderem incorporar no universo das vivências, assim como o poder e magia da palavra falada, como descreve Hampáte Bâ. Os argumentos para essa pesquisa terão como base a perspectiva decolonial no sul baiano e também a metodologia etnográfica participativa e da história oral. As diferentes visões de mundo, de cultura, através do movimento sagrado dos foliões de Reisado.