SER JOVEM, NEGRA E LÉSBICA: UM MAPEAMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE AUTOCUIDADO DE MULHERES LÉSBICAS NUMA CIDADE DO EXTREMO SUL BAIANO
Saúde Sexual; Cuidados em Saúde; Mulheres Negras;
A partir da compreensão do “sistema de gênero moderno/colonial” essa proposta tem como tema central a análise de experiências de jovens lésbicas negras no contexto do extremo sul baiano, por entender que estas foram historicamente alijadas dos espaços formais de produção de conhecimento e que são recorrentemente submetidas aos apagamentos discursivos, históricos e políticos da sociedade patriarcal, racista e heteronormativa. Nessa medida, a realização desta investigação permitirá a expansão deste conhecimento, ao mesmo tempo que, por meio das trocas de experiências a partir das narrativas das presentes, possibilitará a produção de um material visando o fortalecimento do campo. Como estratégia metodológica, esta pesquisa seguirá o modelo da pesquisa-ação, cuja finalidade está pautada no incentivo à participação das interessadas. A partir da realização do trabalho de campo, será construído um livreto, fruto desta arguição que poderá ser utilizado como referência nas pesquisas relacionadas à este tema e, posteriormente, este mesmo material será distribuído nos dispositivos de saúde do município de Teixeira de Freitas, Bahia, estando também disponível online para que seja acessado livremente e sem qualquer custo. O acesso online se dará por meio de plataforma gratuita para garantir a manutenção deste material disponível e de outros que venham a surgir posteriormente a esta análise. Em segundo plano, será realizado um seminário acadêmico com duração de dois dias, onde o público alvo será mulheres negras que realizam práticas sexuais com outras mulheres com vulva, professores/as, estudantes e demais pessoas interessadas, a fim de que essa temática seja amplamente discutida entre as presentes. Espera-se com esta ação, fortalecer o campo de pesquisa, no que tange às relações de poder que perpassam as experiências de mulheres negras lésbicas e que realizam práticas sexuais contra hegemônicas no extremo sul baiano, podendo se estender à outras regiões do Brasil.