TRANS-FORMANDO COM ALIANÇAS: NARRATIVAS TRANSDOCENTES QUE EDUCAM ESCOLAS NA BAHIA.
Professor(as); Transgênero; Educação; Narrativas.
Trata-se de dissertação de mestrado profissional em Ensino e Relações Étnico-Raciais vinculado ao PPGER/UFSB numa abordagem decolonial, a partir do pensamento fronteiriço, orientada pelo professor Rafael Siqueira Guimarães, feita por uma mulher cis, com produto direcionado para o público cis gênero a partir de uma pesquisa qualitativa através do levantamento de narrativas e análise de conteúdo de professores Transgênero, acerca de suas experiências em sala de aula e fora dela, no dia-a-dia da escola com colegas, pais, funcionários e alunos. Muitas pessoas cis gênero não sabem como se portar ou tratar, ou quais perguntas devem ou não devem ser feitas para pessoas trans. O produto foi a construção de um caderno de orientações resultado das narrativas das próprias pessoas professoras e professores trans para auxiliar e evitar situações constrangedoras, ofensivas e trans fóbicas que diversas pessoas transgênero passam todos os dias, um material gráfico impresso e digital intitulado, caderno de orientações, que poderá ser usado tanto em semanas pedagógicas com professores, como em sala de aula e formações em geral. Através das diversas leituras feitas, percebeu-se que quanto mais cedo a pessoa começa o processo de adequação de gênero, mais as portas vão se fechando. Além da educação e da escola ser a porta para a TRANS-FORMAÇÃO das novas gerações que estão vindo. Após o levantamento das narrativas, constatou-se que o maior entrave na atuação enquanto professor e professora da educação básica por pessoas transgêneros são respectivamente: pontuam dificuldade com a gestão escolar e a
resistência para tratar de assuntos de gênero e diversidade em sala de aula; levantam resistência de colegas, funcionários, pais e comunidade escolar; pontuam obstáculos para uso de banheiro em conformidade com o gênero, uso de nome social, tratamento com o pronome correto e a hipersexualização de pessoas transgênero. Não foram relatadas experiências transfóbicas com alunos.