DISCURSIVIDADES JORNALÍSTICAS E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA A TRAVESTIS DO SUL E EXTREMO SUL DA BAHIA: enfrentamentos e ações educativas contra a violência de gênero (transfobia)
Palavras-chave: Jornalismo Policial. Web jornalismo. Violência discursiva. Travesti.
RESUMO: Diante do contexto social contemporâneo, em que uma parcela da população se mantém ativa na luta para romper com os parâmetros patriarcais, o sexismo e o machismo; uma outra, posiciona-se contra os direitos humanos, reproduzindo violência física e/ou simbólica, por vezes, transversalizada no jornalismo. Nesse contexto, considera-se que o texto jornalístico além de sua função informativa pode promover direitos humanos e cidadania, entretanto, observa-se o inverso dessa finalidade. Nesse sentido, questiona-se acerca das violências simbólicas/discursivas a partir de estudo realizado em noticiários do jornalismo policial do Liberdade News: a força da notícia, um dos web jornais que circulam na Bahia, quando informa sobre os crimes cometidos às travestis do sul e do extremo sul da Bahia, um dos grupos mais vulneráveis no âmbito da criminalidade brasileira. Por objetivo principal tem-se: fomentar, tendo como fundamentos teórico-metodológicos a filosofia da linguagem, de Mikhail Bakhtin (1977), a arqueologia do saber de Michel Foucault (1990) e a linguística textual, de Costa Val (1991), ambiente digital que promova a educação no âmbito não formal atentando-se para a decolonização de estigmas acerca de pessoas travestis e trans, bem como, a produção e socialização de material educativo, o qual trará em sua composição conteúdos produzidos por mulheres travestis e trans, uma vez que, pretende-se “conversar com elas”. Defende-se, por meio dessa pesquisa, situada no campo da linguagem, da comunicação e da educaçao, a promoção de enfrentamentos à violência de gênero (transfobia), fomentando nas enunciações em diferentes gêneros textuais, críticas ao machismo estrutural, pois este junto ao patriarcado tem intensificado as violências aos corpos “destoantes” do binarismo masculino e feminino, conforme se observa no alto índice de assassinato de trans e travesti no Brasil.