Tecnologias do Perigo: o desenho-mediação travesti enquanto narrativa pedagógica
travestis; pedagogias; mediação; narrativa; arte; desenho; tecnologia; perigo.
Pesquisa interseccional em torno das questões étnico raciais e de gênero. Que se inicia em Minas Gerais, desloca-se para São Paulo e posteriormente ao Sul da Bahia em busca de fundamentos da ancestralidade negra e de evidências que conectam essas geografias, ao mesmo tempo em que estudo as narrativas engendradas na produção artística e pedagógica de mulheres trans e travestis negras ou racializadas no cenário da arte contemporânea, sobretudo a minha produção enquanto artista visual. A pesquisa também possui aplicação prática em educação não escolar através da minha atuação no Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, como educadora Bilíngue, onde tenho desenvolvido metodologias de abordagem e mediação de espaços, obras de arte, objetos, e artefatos que compõe o acervo, aplicando diretamente a Lei 10.639/2003. A produção de um material artístico serviu como uma base metodológica que deu fundamento à escrita. O produto, executado na linguagem das Artes Plásticas resultou em 3 painéis que foram desenhados a mão, enxertados de referências e narrativas que subjetiva minha vivência enquanto uma travesti negra no mundo da arte-educação, considerando essa condição como uma Tecnologia do Perigo, utilizando assim o desenho e a mediação como ferramentas que geram narrativas contra-hegemônicas.