Diagnóstico dos Eventos Extremos no Brasil e a Implementação do Plano Nacional de Adaptação na Bahia
Desastres; Emergência climática; Mudanças climáticas; Políticas públicas; Sustentabilidade; Vulnerabilidades
Entre 2000 e 2023, eventos extremos afetaram cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo. No Brasil, esses impactos são agravados por desigualdades socioeconômicas e vulnerabilidades territoriais. Esta dissertação teve como objetivo caracterizar os eventos extremos registrados entre 2003 e 2023, com foco nas vulnerabilidades e na implementação do Plano Nacional de Adaptação (PNA) na Bahia. Os dados foram obtidos do S2iD, da plataforma Atlas Digital e de fontes oficiais. O estudo seguiu abordagem descritiva, exploratória e comparativa. Utilizou-se o teste de Dickey-Fuller Aumentado (ADF) e regressão de Poisson para avaliar tendências temporais, com análises no software R (RStudio), a 5% de significância. Foram registrados 56.472 desastres, 97,12% relacionados ao clima, com 93% dos municípios brasileiros afetados. Houve crescimento médio anual de 4,49% nas ocorrências climáticas (p < 0,05), com aumento significativo nos últimos dez anos (p = 0,008). Estiagem e seca representaram 43,9% dos casos, com média de 1.147 registros por ano, principalmente no Nordeste. Em relação ao PNA, 80% das diretrizes para o setor de cidades possuem ações em andamento na Bahia. Conclui-se que o crescimento dos eventos extremos demanda ações integradas de monitoramento, políticas públicas e fortalecimento da resiliência local.