A ÉTICA DO CUIDADO PARA A PROMOÇÃO DO PARTO INSTITUCIONAL HUMANIZADO ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE ITABUNA, BAHIA
Ética institucional; violência obstétrica; cuidado pré-natal; parto humanizado
O cuidado em saúde perpassa por um complexo emaranhado de normas e condutas profissionais que tem tornado a assistência obstétrica tecnicista e pouco humanizada. Desse modo, urge a necessidade de práticas baseadas em evidências e voltadas para a humanização do cuidado materno, onde a ética e a moralidade conduzam, individual, profissional e institucionalmente, a atenção das necessidades de cada gestante. Dentre os diversos obstáculos vivenciados no pré, intra e pós parto está a Violência Obstétrica (VO), quando os profissionais de saúde estabelecem uma relação de poder e domínio sobre os corpos das mulheres que passam pelo momento vulnerável do processo gravídico-puerperal. O objetivo do estudo é analisar as vivências dos profissionais de saúde durante o parto institucional, à luz da ética do cuidado, e promover estratégias para prevenir a violência obstétrica em duas maternidades de um município Sul Baiano. Será realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, com profissionais de saúde que atuam nas duas maternidades, buscando elementos da ética do cuidado na percepção e prática profissional dos envolvidos, no contexto do parto natural ou cesáreo. O Modelo Estrutural Dialético dos Cuidados (MEDC) será o método adotado para suporte na coleta e análise de dados e os participantes serão convidados a participar voluntariamente das entrevistas semiestruturadas e da proposta de educação permanente em saúde, no intuito de promover o parto humanizado à luz da teoria da ética do cuidado de Carol Gilligan. Espera-se que os dados analisados possam descrever a percepção e prática desenvolvidas no cuidado materno e os resultados possam refletir sobre a violência obstétrica e os benefícios do parto humanizado, tanto para as mulheres, profissionais de saúde e instituições dedicadas à assistência materna no SUS, e se possível, estender os aprendizados dessas vivências e práticas para todos os profissionais de saúde da rede de atenção materna no município.