Banca de DEFESA: ROSIMÁRIA DE JESUS RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROSIMÁRIA DE JESUS RIBEIRO
DATA : 22/12/2020
HORA: 09:30
LOCAL: Sala virtual do servidor da UFSB
TÍTULO:

O VISÍVEL E O INVISÍVEL: A SITUAÇÃO DAS MULHERES AFRO-INDÍGENAS SEM TERRA NO ASSENTAMENTO TERRA VISTA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL .


PALAVRAS-CHAVES:

Mulheres afro-indígenas Sem Terra. Interseccionalidade. Feminismo Negro.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Este Memorial Descritivo tem por objetivo analisar de que forma os atravessamentos
interseccionais de classe, raça e gênero incidem nas trajetórias de vidas e experiências de lutas das
Mulheres Afro-Indígenas Sem Terra no Assentamento Terra Vista (ATV), Arataca-BA, e de que
modo os processos educativos perpassam esses enfrentamentos. Partimos da hipótese de que a
ausência de um olhar étnico-racial e a centralidade da categoria de Classe nos documentos básicos,
referenciais teóricos e ações coletivas pensadas e concretizadas pelos militantes, dirigentes e base
social do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) contribui para secundarizar as
questões de raça e gênero e invisibilizar as contribuições das mulheres nos processos teóricos e
práticos de lutas. A pesquisa decorrente da hipótese formulada propiciou a análise priorizando a
metodologia da pesquisa-ação com abordagem qualitativa, optamos pela diversificação na escolha
das mulheres participantes, considerando as distintas narrativas de vida e trajetórias no MST. As
fontes orais compuseram o principal recurso da pesquisa – pela obtenção sistemática de relatos
autobiográficos, por meio da técnica de entrevistas semiestruturadas e rodas de conversas. Os

conceitos que fundamentam a pesquisas são: interseccionalidade, feminismo negro e feminismo
camponês e popular
. Como resultado da análise dos dados, constatamos que os atravessamentos
interseccionais (raça, gênero e classe) interferem de forma negativa na vida das mulheres afroindígenas Sem Terra na comunidade, pois as mesmas enquanto sujeitos históricos protagonizam as lutas coletivas, tidas como prioridade da classe, porém, no que diz respeito às lutas de caráter
antirracistas e antipatriarcais ficam muitas vezes sob responsabilidade apenas das mulheres afroindígenas Sem Terra. Concluímos que as relações sociais, os aprendizados obtidos em vários
espaços educativos e as lutas por mudanças estruturais são processos permeados por muitas
contradições, as quais contribuem tanto para reprodução de violências e invisibilidade das mulheres
quanto para revelação do quanto o ATV em particular e o MST de modo geral precisam avançar no
debate teórico e na prática das questões interseccionais.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1149021 - ANA CRISTINA SANTOS PEIXOTO
Interno - 066.250.508-57 - CARLOS JOSÉ FERREIRA DOS SANTOS - UESC
Presidente - 1965316 - CELIA REGINA DA SILVA
Externo à Instituição - FLAVIA ALESSANDRA DE SOUZA - UESC-BA
Externo à Instituição - Luzineide Miranda Borges - UESC
Notícia cadastrada em: 21/12/2020 20:46
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação -   | Copyright © 2006-2024 - UFRN - 6b062eeef8db.sigaa2-prod