Banca de DEFESA: NIKATIA BELAU DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NIKATIA BELAU DA SILVA
DATA : 27/04/2021
HORA: 15:00
LOCAL: CPF-SEDE
TÍTULO:

O ABIÃ E O TERREIRO: NARRATIVAS SOBRE O PROCESSO EDUCATIVO E IDENTITÁRIOS NO TERREIRO ARAMEFÁ ODÉ ILÊ


PALAVRAS-CHAVES:

Abiã. Terreiro Amefá Odé Ilê. Candomblé. Processo educativo. Identidades.


PÁGINAS: 140
RESUMO:

O candomblé se manifesta como resultado da (re)construção de uma África em diáspora, uma maneira de ressignificar as tradições, valores culturais e religiosos. A cosmogonia do ser ritual candomblecista se consagra como uma temática bastante discutida no meio acadêmico. Dentre tantas abordagens, há especial enfoque no que tange à hierarquia existente nos terreiros e os estágios alcançados pelos adeptos através dos rituais de passagem, dos quais encontram-se três figuras: o abiã, o iaô e o ebôme. Todavia, dentre elas, o abiã tem sido alvo de poucos estudos. Como primeira categoria da cadeia hierárquica candomblecista, o abiã é aquele que chega na casa para conhecer a liturgia, para aprender as práticas sagradas e, principalmente, para exercitar a educação da escuta atenciosa. Nos terreiros de candomblé, a fala é tradição e a escuta obrigação. Não se pode olvidar que abiã é início, aquele que aprende dentro do terreiro para nascer no axé, por isso é sempre acompanhado por aqueles que ensinam, os mais velhos no Ilê. Sendo assim, concebendo o processo educativo como uma tradição viva cuja manifestação se dá de variadas maneiras, esse trabalho tem como objetivo compreender como o abiã do Terreiro Aramefá Odé Ilê, terreiro de candomblé da nação Ketu situado na cidade de Teixeira de Freitas/BA, percebe o processo educativo pelo qual é envolvido durante a prática religiosa e como tais elementos circundam a formação de uma identidade de membro do candomblé. Especificamente, observar o processo de aprendizagem dos abiãs no terreiro Aramefá Odé Ilê; identificar práticas e saberes transmitidos no processo educativo do abiã no terreiro Aramefá Odé Ilê; descrever as percepções dos abiãs acerca processo educativo na sua comunidade religiosa; refletir acerca do ensinar-aprender do Amefá Odé Ilê e investigar o significado do candomblé para os abiãs na construção das identidades, cosmovisões de mundo e sociedade. Entende-se que o processo de construção da identidade da pessoa de terreiro está intimamente ligado ao percurso educativo dentro da religião, edificado sobre os saberes dos mais antigos responsáveis pela transmissão do conhecimento religioso. Tal conhecimento contudo fomenta relações, por vezes conflituosas, entre os membros do axé.  Como aporte teórico, destacam-se autores como Bastide (1961), Carneiro (2008), Luz (2013), Prandi (1991), Castillo (2015), Ziegler (1972), Hall (2006), Freire (1978), Machado (2013), Hampâté-Bâ (2010), Braga (2019). No que concerne ao procedimento metodológico, far-se-á uso, com base em Meihy (2005), da história oral mediante coleta das narrativas dos abiãs, com a pretensão de compreender as peculiaridades do processo de aprendizagem no abianato do Aramefá Odé Ilê. Para operacionalização dos meios de coleta, serão reservadas narrativas orais de uma amostra total de seis colaboradores e, para a maior diversidade de percepção, não foram feitos recortes etários, de gênero, classe, escolaridade ou qualquer outra variante. O produto didático a ser desenvolvido a partir desse projeto de pesquisa será um vídeo-documentário, com o título: “O Abiã e o Terreiro: narrativas sobre o processo educativo e identitário no terreiro Aramefá Odé Ilê”.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA CELIA DA SILVA - UNEB
Interna - 3067096 - FABIANA CARNEIRO DA SILVA
Presidente - 554.349.325-87 - GEAN PAULO GONÇALVES SANTANA - UNEB
Notícia cadastrada em: 07/04/2021 08:59
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