Banca de DEFESA: FABIO PEREIRA DE CARVALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIO PEREIRA DE CARVALHO
DATA : 16/12/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Escola Indígena Patiburi - Aldeia Patiburi, distríto de Boca do Córrego - Belmonte / BA
TÍTULO:

Território originário, violência e resistência: Trajetória dos indígenas Tupinambá de Belmonte numa perspectiva das Relações Étnico-Raciais


PALAVRAS-CHAVES:

Indígenas Tupinambá (Belmonte). Terra Indígena de Belmonte. Retomadas. Resistência. Violência.


PÁGINAS: 125
RESUMO:

Esta pesquisa tem como premissa analisar e registrar a resistência dos Indígenas Tupinambá de Belmonte pelas retomadas das terras, bem como o dilema do Estado em assegurar o direito à terra e a vida concomitante ao processo educacional étnico-racial, esta dissertação de mestrado aborda questões ligadas ao processo de retomada, violência, luta e resistência dos Indígenas Tupinambá de Belmonte. A terra pertencente a este povo, é um território em disputa judicial há mais de duas décadas entre herdeiros de famílias tradicionais de fazendeiros e indígenas. As áreas são compostas pela Fazenda Timiquim, localizada à margem esquerda do Rio Jequitinhonha, zona rural do distrito de Boca do Córrego, cidade de Belmonte-BA. Nesse local, está situada a Aldeia Patiburi, na qual vivem os indígenas Tupinambá. Nas disputas que se arrasta há mais de 20 anos, estão também outras 5 (cinco) fazendas, que se formou um conglomerado “empreendimento agrícola”, empresa chamada E.H. de Souza Ceolin - Fazenda Três Lagoas - ME, todas contíguas e com matrículas diferentes. Nesse contexto de disputas, violência, resistência e conflitos agrários entre indígenas e fazendeiros, é que surge o debate das relações com o Estado brasileiro e com a sociedade, porém, abre espaço para reflexões e registro entre os processos de educação das relações Étnico-Raciais implementados pelo Estado brasileiro. Assim, para abordar temas complexos com histórico de violência pelas retomadas das terras tradicionalmente ocupadas, que se assemelham aos processos de educação que os indígenas vivenciaram nos últimos séculos e que está estritamente ligado ao processo de construção da educação brasileira, que sempre se pautou num modelo educacional eurocêntrico e excludente. Por vários séculos, no Brasil, os indígenas sofreram primeiro nas escolas dos jesuítas, e depois de um longo período nas escolas públicas, com um processo violento de tentativa de fazê-los esquecer a sua cultura, língua, tradições, religião e costumes (Silva, 2011). Utilizando da análise metodológica de estudo de caso, com abordagem qualitativa a pesquisa dialoga com as fontes históricas e referenciais teóricos em (Munduruku, 2012), (Araújo, 2006), (Baniwa, 2006), (Fausto, 1992) e (Prezia, 1991), subsidiadas por registros documentais e orais do povo Tupinambá de Belmonte, tendo ainda como suporte, um grande e complexo quantidade de documentos em processos judiciais, que apresenta um histórico de resistência, violência e lutas, colocando os indígenas e não-indígenas em processo antagônico, frente a morosidade do Estado brasileiro em concluir o longo processo administrativo de demarcação das Terras Indígenas tradicionalmente ocupada pelos Tupinambá de Belmonte. O produto educacional desta pesquisa é a realização de um Curso Básico de Diretos Indígenas que serão ofertados aos interessados através do site: www.aldeiapatiburibelmonte.com.br 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.149.886-** - EDSON KAYAPÓ - IFBA
Interno - 3026933 - HAMILTON RICHARD ALEXANDRINO FERREIRA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 3025974 - PABLO ANTUNHA BARBOSA - UFSBExterno à Instituição - EVANIR DE OLIVEIRA PINHEIRO
Notícia cadastrada em: 08/12/2022 18:21
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