Banca de QUALIFICAÇÃO: TAINÁ JARDIM ANTUNES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TAINÁ JARDIM ANTUNES
DATA : 20/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Metapresencial através do link: https://meet.google.com/pyf-xexm-cof
TÍTULO:

Ecossistemas bromelícolas como bioindicadores da fragmentação e da vulnerabilidade ambiental na Mata Atlântica do Sul da Bahia

PALAVRAS-CHAVES:

fitotelmata; fragmentação de habitats; macroinvertebrados; mata atlântica; microecossistema

PÁGINAS: 46
RESUMO:

Bromélias-tanque (Bromeliaceae) apresentam folhas entrelaçadas dispostas em roseta, formando um tubo central e tanques laterais que acumulam água da chuva e detritos, representando um microhabitat para diversos organismos, entre os quais, macroinvertebrados são os mais representativos. Os microecossistemas bromelícolas têm se destacado como um modelo ecológico relevante para explorar respostas de comunidades bióticas frente a mudanças climáticas e ambientais. Essas plantas são amplamente encontradas em diversos ambientes e naturalmente replicadas na natureza, sendo abundantemente encontradas na Mata Atlântica. O estudo visa avaliar a influência da fragmentação de habitats sobre a diversidade taxonômica alfa e beta de comunidades de macroinvertebrados associados a bromélias, identificando fatoreschave que impulsionam suas variações, como microclima, características do habitat local, matrizes antrópicas nas áreas circundantes e métricas da paisagem. Até o momento foram amostradas 134 bromélias inseridas em seis ambientes (restinga aberta, restinga arbustiva, restinga arbórea, borda de floresta, interior de floresta e muçununga). Foram encontrados 19912 macroinvertebrados classificados em 92 morfotipos pertencentes a 15 ordens. Comunidades inseridas em ambiente de muçununga apresentaram a maior riqueza total de espécies (58 morfotipos), seguido pelo interior de floresta (46), restinga arbórea (42), restinga arbustiva (41), restinga aberta (31) e a borda de floresta (29). Contudo, ao considerar a equabilidade, uma maior diversidade revela-se na borda de floresta e na muçununga. Evidencia-se uma alta variação na composição de espécies entre os locais, composta principalmente pelo turnover, sendo a maior variação na beta diversidade identificada entre as comunidades do interior de mata e da restinga aberta. Os resultados preliminares apontam para respostas potenciais a mudanças ambientais mediante processos de fragmentação, impulsionada principalmente pelas variações na disponibilidade de luz e aporte de detritos. Essa abordagem será complementada a partir de preditores de paisagem, como os tipos de uso do solo e métricas da paisagem, permitindo uma inferência entre escalas dos processos que moldam a diversidade nesses microecossistemas.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - TÚLIO PAIVA CHAVES - UESC
Interno - 3072612 - ELFANY REIS DO NASCIMENTO LOPES
Presidente - 3072593 - FELIPE MICALI NUVOLONI
Externo ao Programa - 3066627 - LUIZ FERNANDO SILVA MAGNAGO - null