Corpos fronteiriços na encruzilhada do compartilhamento: o encontro entre uma pesquisadora catulada e três Yás em Trancoso: Bahia
Encruzlhada; Corpo; Conhecimento; Candomblé; Trancoso-BA.
O presente estudo suscita a problematização, a partir das vivências, trocas e compartilhamento de saberes, acerca dos corpos de três Yalorixás de três Terreiros de Candomblé no Extremo Sul da Bahia. No meio da encruzilhada foi trazida uma breve revisão sobre os estudos centrados nos Terreiros de Candomblé e sobre o corpo no/do Candomblé. A concepção de Encruzilhada do Compartilhamento emergiu como metodologia de pesquisa por considerar que é na encruzilhada que se torna possível aglutinar distintos métodos, tais como a Etnografia, o Jogo da Construção poética e a Biografia. Enquanto técnicas de compartilhamento e trocas de saberes, foram utilizados observação participante, conversas e encontros informais e entrevistas. O caderno de anotações, ou diário de bordo também foi um suporte para revisitar as estratégias e redirecionar as ações futuras. Esse Xirê, no sentido do retorno mais íntimo a nossa ancestralidade “começo, meio e começo”, teve como objetivo problematizar sobre as dimensões fronteiriças dos corpos das Yalorixás, os papéis de gênero; o sagrado e o profano, reconhecendo a interseccionalidade das crueldades e o corpo enquanto campo das possibilidades enquanto premissas investigativas. Assim, esses pintos nodais evocaram distintas abordagens conceituais interdisciplinares.