Violência no território e cotidianidade no trabalho das Agentes Comunitárias de Saúde no contexto urbano e rural.
violência; agentes comunitários de saúde; trabalho.
Este estudo tem como objetivo geral compreender as configurações subjetivas de Agentes Comunitárias de Saúde, construídas em relação a seu trabalho em territórios urbanos e rurais de Porto Seguro, caracterizados pela presença de distintos tipos de violência, que afetam seu exercício profissional e sua vida pessoal. Para tanto, será utilizado o referencial teórico da Teoria da Subjetividade, desenvolvida por González Rey. Adotaremos procedimentos metodológicos alicerçados na Epistemologia Qualitativa, apoiados nos seguintes princípios: o caráter construtivo interpretativo do conhecimento; o caráter dialógico da investigação; o valor do estudo de casos singulares como instância legítima de produção do conhecimento e para a produção das informações da pesquisa empregaremos o método construtivo-interpretativo do conhecimento, utilizando instrumentos: dinâmica conversacional e oficina em grupo. As (os) participantes da pesquisa serão as (os) ACS lotados nas UBS que compõe os Distritos Sanitários (DS) do território urbano e rural do município, com o estudo de casos de ACS. A partir das análises das informações produzidas, a construção interpretativa possibilitará compreender as configurações subjetivas de ACS acerca da exposição à violência, no seu cotidiano laboral. Considerando-se os aspectos éticos, este estudo será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Sul da Bahia. Será empregado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Termo de autorização de uso de imagem e som de voz, às participantes da pesquisa. Este estudo buscará construir uma compreensão profunda sobre a subjetividade de ACS que vivem intensamente as dinâmicas do cotidiano, a vida e o trabalho no território expostas às distintas formas de violência. Espera-se que tal compreensão possibilite reflexões frente aos desafios da exposição à violência no território e sinalize possibilidades para desenvolvimento de estratégias e mecanismos de mitigação dos impactos da violência sobre o trabalho, a saúde e o bem-estar de ACS, promovendo um cotidiano laboral mais seguro e sustentável para essas profissionais.