Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO RAFAEL SANTOS REBOUÇAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO RAFAEL SANTOS REBOUÇAS
DATA : 05/06/2019
HORA: 16:00
LOCAL: Sala Corumbau 1 - https://mconf.rnp.br/webconf/csc-1
TÍTULO:

Alegorias do Descobrimento: Tempo Histórico, Comemoração e Patrimônio em ‘Sob os céus de Porto Seguro’ (1939).


PALAVRAS-CHAVES:

Descobrimento, tempo histórico, comemoração, patrimônio, Porto Seguro.


PÁGINAS: 83
RESUMO:

Este trabalho pretende se enveredar pelo campo de uma história do tempo histórico no Brasil. Para tanto, selecionar-se-á uma série de acontecimentos e narrativas que compõem algumas ações de “celebração aos 439 anos do Brasil” que tiveram por cenário a paisagem histórica do litoral sul da Bahia, particularmente o município de Porto Seguro, com o objetivo de realizar uma história dos usos sociais e políticos da história do “Descobrimento do Brasil”. Tendo como conteúdo práticas e discursos que de algum modo tanto interpretaram como inventaram uma experiência histórica brasileira a partir das repetições de seu mito fundador. Nosso objeto de pesquisa é o “Raid” de 1939 à cidade de Porto Seguro como comemoração das Asas do Brasil Novo à data do Descobrimento. São as reativações desse acontecimento com seus discursos e práticas que atuam na configuração de narrativas da experiência histórica brasileira que investigamos. Busca-se conhecer as formas e conteúdos dessas teatralizações da história. O “Descobrimento do Brasil” torna-se, desta forma, um tema articulador de diferentes questões. Sua abordagem se dará por meio da investigação de dois fenômenos que estão relacionados e que tem por fundo uma problemática comum relativa ao tempo histórico. Esses fenômenos são: as ações de comemoração do Descobrimento do Brasil; e os processos de patrimonialização dessa história que tiveram lugar na cidade de Porto Seguro e região. Nesse sentido o “descobrimento” se torna o conceito chave com o qual se relacionam o quadro conceitual que aborda os significados e usos de “comemoração” e “patrimônio” como elementos de uma experiência histórica e como estratégias de invenção de uma memória e história nacionais. Trata-se de abordar o “Descobrimento do Brasil” em sua materialidade e repetição, ou seja, analisar como o acontecimento da chegada da esquadra comandada por Cabral em 1500 é desdobrado em apropriações diversas. Objetiva-se problematizar os usos sociais e políticos dessa história enquanto “operações de ritualização cultural” em momentos de “teatralizações do poder”. Nesse sentido, pretende-se investigar “qual o papel dos ritos e comemorações na renovação da hegemonia política”. Aliando a essas questões uma reflexão sobre a historicidade dos processos de patrimonialização de Porto Seguro, o qual seria justificado por meio da atribuição de valor histórico que se alimenta e se reveste dos acontecimentos e narrativas do “descobrimento”. As repetições deste mito fundador tornam-se, assim, objeto de investigação das formas como as forças sociais e políticas reinventam o passado e dos meios que os utiliza para legitimar o presente e projetar o futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 007.935.955-84 - FRANCISCO EDUARDO TORRES CANCELA - UNEB
Interno - 1629912 - JANAINA ZITO LOSADA
Externo à Instituição - MARCELO SANTOS DE ABREU - UFOP
Interno - 1726142 - MAY WADDINGTON TELLES RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 30/05/2019 13:16
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação -   | Copyright © 2006-2024 - UFRN - 6b062eeef8db.sigaa2-prod