Banca de DEFESA: ANA JULIA PAULINA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA JULIA PAULINA DE OLIVEIRA
DATA : 29/06/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Campus Sosígenes Costa
TÍTULO:

Fatores sociodemográficos, psicológicos e contextuais relacionados  com a prática e a vitimização  de bullying em discentes de cursos integrados do sul da Bahia


PALAVRAS-CHAVES:

Bullying, contexto social, adolescente, autoestima, satisfação de vida.


PÁGINAS: 188
RESUMO:

O bullying no contexto escolar materializa-se como a violência repetida, caracterizada nas agressões propositais de cunho físico, psicológico contra alguém com dificuldade de se defender, culminando numa relação de controle e opressão sobre a vítima. O objetivo desse estudo foi caracterizar o fenômeno do bullying, buscando investigar as suas relações com fatores pessoais (sociodemográficos e psicológicos) e contextuais (familiar, grupo de pares, escola e comunidade) em estudantes dos cursos integrados do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia- IFBA, campus Eunápolis. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, do tipo relacional, ex post facto, de corte transversal. A amostra foi composta de 194 estudantes e os instrumentos usados foram a escala de vitimização do bullying, a escala de comportamento do bullying, a escala de autoestima de Rosenberg, a escala multidimensional de satisfação de vida, a escala de responsividade e exigência parental, o dimensions of discipline inventory (DDI), a negative peer influences scale, o neighborhood safety scale e a escala de percepção do ambiente escolar, além de um questionário sociodemográfico. Para a análise dos dados foi empregada a estatística descritiva e a inferencial, todas efetuadas no IBM/SPSS Statistics 25 e o nível de significância adotada foi de 0,05. Os resultados apontaram que a prevalência para todas as formas de vitimização foi superior a 34%, com destaque para o bullying do tipo verbal, que foi de 63,4%. Já a prevalência de comportamento agressor apareceu mais baixa do que a de vitimização, com exceção da agressão do tipo verbal que foi de 52,1%. O comportamento de praticar bullying independe da idade, mas as vítimas de bullying físico e verbal tendem a ser os sujeitos mais velhos. Há uma maior prevalência de vitimização por bullying verbal entre as meninas e a maior prevalência de meninos envolvidos em situações de agressão por bullying físico. Quanto ao efeito do nível socioeconômico, quanto maior a renda, mais frequente é o comportamento agressor, e estudantes de nível socioeconômico menos favorecidos tendem a ser mais vitimizados. Quanto mais os discentes reportam vitimização (verbal e relacional) e comportamento agressor (do tipo relacional), mais baixos são seus níveis de autoestima e satisfação de vida. No que diz respeito ao efeito das práticas parentais, de modo geral, uma combinação entre disciplina com muita exigência, pouca responsividade, com retirada de privilégios e exigência de compensação frente ao mau comportamento do filho/filha e uso de violência psicológica, física e agressão verbal parece ser nociva ao desenvolvimento emocional, pois se associa à vitimização por bullying, em seus mais variados tipos, e também ao comportamento agressor, especialmente, ao bullying físico, relacional e verbal. No que diz respeito à percepção de comportamentos negativos dos pares, o grupo de vítimas/agressoras reportam ter mais amigos delinquentes e bullies. Além disso, discentes que pertencem ao grupo de vítimas/agressoras são aqueles que percebem suas comunidades como mais violentas, seja essa uma violência difusa, afastada de sua vida, ou próxima. Finalmente, os vitimizados se sentem mais inseguros e desamparados no ambiente escolar, percebem pouca aceitação e segurança por parte de seus pares, percebem que seus pais são pouco envolvidos na sua vida escolar e sentem que sua escola é injusta e desrespeitosa em relação a eles. Os praticantes de bullying físico e de bullying relacional, por sua vez, também percebem a escola como menos justa e menos respeitosa se comparados aos seus pares que não praticam bullying. Finalmente, praticantes de bullying físico também percebem um menor envolvimento dos pais com suas atividades escolares. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para o desenvolvimento de ações preventivas de combate ao bullying dentro da instituição estudada.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1148978 - SANDRA ADRIANA NEVES NUNES
Interno - 1220616 - RAFAEL ANDRES PATINO OROZCO
Externa ao Programa - 1865105 - GABRIELA ANDRADE DA SILVA
Externa à Instituição - EDI CRISTINA MANFROI - UFBA
Notícia cadastrada em: 24/05/2022 11:49
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