Banca de QUALIFICAÇÃO: FELIPE DE PAULA SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE DE PAULA SOUZA
DATA : 30/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Metapresencial através do link: https://meet.google.com/tfs-yqqr-uii
TÍTULO:

O fio da nossa vida de artista: os rumos da identidade no Teatro Popular de Ilhéus


PALAVRAS-CHAVES:

Teatro; Identidade; Cultura; Arte; Ilhéus


PÁGINAS: 50
RESUMO:

O conceito de arte mostra-se um tanto quanto complexo. Se for lançado olhar em direção à sociedade de forma setorizada, perceber-se-á que a arte é parte integrante e diretamente influente em vários destes segmentos. Com importância significativa na produção de conhecimento, na expressão dos povos, no desenvolvimento da estética e, de acordo com as leituras mais atualizadas, também na economia contemporânea, já que a economia criativa é mundialmente reconhecida como um mercado expressivo. O Teatro Popular de Ilhéus (TPI), grupo fundado no sul da Bahia em 1995, pelo ator e diretor Équio Reis, não foge desta lógica. Nascido como um grupo teatral, aquela junção de artistas se converteu num movimento cultural amplo, polarizando ajuntamentos e dialogando com o povo e com a sociedade civil organizada, interferindo ativamente não apenas na expressão do ser grapiúna, não apenas na estética da arte local, mas também na articulação de políticas públicas, na movimentação econômica, na produção de conhecimento formal e informal e no jogo político da gestão pública. O que surgia de uma íntima relação com as comunidades, passou a atender, também, chamados de editais e de um estreito diálogo com o poder público, instituições educacionais e com o terceiro setor. Compreender de que forma o contato de gestão da arte com o Estado acaba por afetar as formas de representação desta também é ponto chave do interesse desta pesquisa. Entender a obra do Teatro Popular de Ilhéus em suas imbricações com o Estado, significa uma melhor compreensão da estruturação da sociedade sul baiana. Objetiva-se, pois, aqui conhecer as vinculações da produção artística – e social – do grupo com os processos de identificação do ser ilheense. Esse indivíduo ilheense dialoga diretamente com a obra do Teatro Popular de Ilhéus – nascida em sua maioria através de diálogo com os personagens “reais” que compõem a região. A prática do Teatro Popular de Ilhéus, enquanto ação de grupo, transparece uma visão de mundo definida. A prática de grupo surge como uma forma de interação da arte com o seu público, com a sociedade que lhe abriga, com o Estado que lhe gere. As identidades afetam e são afetadas pela produção artística continuada do teatro de grupo. É a arte regida pelo ideal do encontro, da troca, da interação. O teatro de grupo, o teatro produzido pelo Teatro Popular de Ilhéus, remete à comunidade. Busca-se aqui a constatação do quanto da identidade deste território grapiúna está expressa nos textos dramatúrgicos e nas encenações do grupo Teatro Popular de Ilhéus. Compreender a influência da existência da obra artística e das interações sociais do grupo nos processos de identificação, nos processos de formação do “ser ilheense” é foco desta pesquisa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1803265 - LILIAN REICHERT COELHO
Interna - 1164694 - CHRISTIANNE BENATTI ROCHEBOIS
Externo à Instituição - ALEXANDRE FALCÃO DE ARAÚJO - UNIR
Externo à Instituição - RAIMUNDO MATOS LEÃO - UFBA
Notícia cadastrada em: 03/10/2023 10:19
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