Banca de DEFESA: DANDARA DOS SANTOS SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANDARA DOS SANTOS SILVA
DATA : 27/12/2019
HORA: 14:00
LOCAL: CSC
TÍTULO:

AS NAGÔS ESTÃO NA RUA COM PRAZER E ALEGRIA”: uma cartografia afro-baiana de Belmonte-Bahia


PALAVRAS-CHAVES:

Afro-rizoma; Práticas Culturais Afro-Baianas; Nagôs Africanas


PÁGINAS: 149
RESUMO:

A escrita desta dissertação é potencializada pelo desejo e pelo engajamento de fazer parte da luta em prol de uma sociedade antirracista e que, para tanto, possa contar com a escola e seus processos educativos como espaços formativos que produzem, para além dos conhecimentos ditos científicos, identidades culturais. Trabalha com a hipótese de que as Nagôs de Belmonte têm muito o que ensinar aos processos de escolarização e as suas tentativas metodológicas de trabalhar com as relações étnico-raciais, quase sempre, a partir de modelitos prêt-à-porter produzidos por compreensões equivocadas sobre os modos de saber/fazer do povo negro. Defende o argumento de que o bloco das Nagôs Africanas da cidade de Belmonte- Bahia, se constitui como um espaço educativo caracterizado por processos de ensino-aprendizagens que contribuem para o enfrentamento dos diferentes estereótipos raciais e , com isso, cumpre com os objetivos propostos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2004).   Como metodologia, a escrita é inspirada pela cartografia (DELEUZE e GUATTARI, 1996) o que permitiu identificar mapas que, diferentemente de decalques, não possuem nenhuma centralidade o que possibilitou múltiplas entradas e saídas, nas quais a alegria, o prazer, o cuidado, apareceram de forma marcante nos movimentos e narrativas das nagôs. A pesquisa foi realizada no período compreendido entre, janeiro de 2018 a março de 2019, na cidade de Belmonte – BA – e, incluiu participações nos ensaios e nos carnavais destes dois anos, além de visitas as residências das participantes das Nagôs Africanas. Os registros foram feitos por entrevistas individuais e em grupo, registros fotográficos e gravações dos ensaios e dos cortejos durante os carnavais de 2018 e de 2019. A pesquisa evidencia as Nagôs Africanas produzem práticas de ensino/aprendizagem subvertem os espaços institucionalizadas das escolas e seus ritos de passagem. Movidas pelo desejo de liberdade presente nas brincadeiras, o desejo de ser ouvida e produzir narrativas, criam os campos abertos que buscam correlações com outros tantos espaços, dentre eles, os espaços escolares. Por fim, esta pesquisa deseja ser uma contribuição as práticas escolares que contemplem as Relações Étnico-Raciais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1218431 - ELIANA POVOAS PEREIRA ESTRELA BRITO
Interno - 1147950 - RAFAEL SIQUEIRA DE GUIMARAES
Externo ao Programa - 1348376 - ANA CARNEIRO CERQUEIRA
Externo à Instituição - JOSÉ CARLOS GOMES DOS ANJOS - UFRGS
Notícia cadastrada em: 28/11/2019 07:14
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