Banca de DEFESA: CARLIDIA PEREIRA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLIDIA PEREIRA DE ALMEIDA
DATA : 30/07/2020
HORA: 14:00
LOCAL: CSC
TÍTULO:

SABERES E FAZERES QUILOMBOLA: REZAS E BENZEÇÕES COM O USO DE RAMOS NOS QUILOMBOS LAGOA DO PEIXE E NOVA VOLTA, NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS DA LAPA/BA


PALAVRAS-CHAVES:

Saberes Tradicionais, Resistência, Pertencimento


PÁGINAS: 85
RESUMO:

O trabalho se apresenta como um relatório da pesquisa realizada em dois territórios quilombolas do município de Bom Jesus da Lapa, oeste da Bahia: os quilombos Lagoa do Peixe e Nova Volta, situados às margens do rio São Francisco. A pesquisa, orientada pelos pressupostos da cartografia social, tem como foco os saberes e fazeres quilombolas em suas rezas e benzeções com uso de ramo nessas localidades. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas, oficinas, conversas informais e diário de campo com registros protagonizados por mulheres e homens que benzem e rezam através da fé. Compreende-se que esses saberes ancestrais, deixados por várias gerações, estão presentes nos territórios quilombolas de Lagoa do Peixe e Nova Volta, e têm contribuído para a permanência dos saberes culturais locais. Para nortear a base teórica da pesquisa foram utilizados alguns estudiosos como ARRUTI (2006), TOLEDO BARRERA-BASSOLS (2009), MACEDO (2017), SILVA (2012), ANJOS (2006), QUINTANA (1999), dentre outros. As comunidades e povos tradicionais, com seus ritos, simbologias, seus saberes e fazeres ancestrais lutam pela permanência de suas culturas. As benzedeiras/as e rezadeiras do quilombo Lagoa do Peixe e Nova Volta são pessoas simples, que não tiveram oportunidade de ir à escola, mas são de um conhecimento grandioso e valioso. São mulheres e homens que passaram por dificuldades e que venceram com suas histórias de vida. Adquiriram a prática das rezas e do benzimento com seus antepassados através da oralidade. Nas localidades pesquisadas, a prática do benzimento vem sempre acompanhado por um ramo verde, sendo este de plantas medicinais cultivadas em seus quintais. Assim, os saberes ancestrais relacionados à questão da natureza das plantas medicinais se fazem importantes para a manutenção da saúde, bem como se constitui em importante marca para a história de um povo cheios de ritos, significados e singularidade. Dessa forma, nota-se em homens e mulheres aqui pesquisados/as que a fé é um requisito para constituir a saúde de um povo simples que acredita e partilha saberes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1218431 - ELIANA POVOAS PEREIRA ESTRELA BRITO
Interno - 554.349.325-87 - GEAN PAULO GONÇALVES SANTANA - UNEB
Externo à Instituição - SUELY DULCE DE CASTILHO - UFMT
Externo à Instituição - TIAGO RODRIGUES SANTOS - UFRB
Notícia cadastrada em: 29/06/2020 13:47
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação -   | Copyright © 2006-2024 - UFRN - 6b062eeef8db.sigaa2-prod